Em entrevista ao jornal internacional The Intercept, concedida ao jornalista Glenn Greenwald, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT), disse ser vítima da injustiça. Esta foi a primeira entrevista de Dilma, desde o seu afastamento.
Dilma disse estar afetada com a decisão que a tirou da Presidência. “Olha, eu acho que afeta sim, afeta do ponto de vista pessoal porque eu até disse isso outro dia. No dia que eu saí da condição de Presidente operacional, porque eu sou a Presidente efetiva do Brasil, e a legítima. Eu acho que afeta no seguinte sentido: porque é uma injustiça. Talvez a coisa mais difícil pra uma pessoa suportar além da dor, da doença e da tortura, seja a injustiça. Por quê? Porque você fica como se você estivesse preso numa armadilha” destacou.
A petista afirmou que vasculharam sua vida, mas não encontram nada que a desabonasse. “Eu acho que eles supuseram que eu podia renunciar. Por que eles queriam que eu renunciasse? Porque a minha presença é incômoda. Como eu não tenho conta no exterior, já me viraram dos lados avessos, eu nunca recebi propina, eu não aceito conviver com a corrupção. Uma das coisas que dizem que eu sou dura é porque é muito difícil chegar a mim pra propor qualquer coisa incorreta a injustiça desse fato, a injustiça política disso, a injustiça pessoal afeta a mim, afeta a minha família, afeta a todos nós. E eu, outro dia, disse que eu era a vítima, não no sentido da vítima do sacrifício, mas a vítima da injustiça. Eu sou vítima da injustiça” declarou.
Indagada pelo jornalista o que seria melhor; que o Michel Temer fique no poder sem aprovação eleitoral ou ter novas eleições? Dilma pediu para não responder o questionamento. “Você vai me permitir não te responder isso” pediu.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).