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Política Sábado, 11 de Junho de 2016, 14:41 - A | A

Sábado, 11 de Junho de 2016, 14h:41 - A | A

Entrevista

Dilma intitula impeachment contra ela de “processo fraudulento"

A presidente afastada acha imprescindível que seu mandato seja restabelecido

Edina Araújo/VG Notícias

A presidente afastada Dilma Rousseff concedeu entrevistada a jornalista “Mariana Godoy”, nessa sexta-feira (10.06), no Palácio da Alvorada, em Brasília. Entre críticas e desabafo, ela disse que espera que a Comissão de Ética do Senado cumpra seu papel e pare com a postergação e manipulação sistemática.

“Eu espero que a Comissão de Ética cumpra seu papel, que essa postergação sistemática, essa manipulação sistemática da Comissão de Ética pare". E completou: “Eu não gosto de condenar ninguém porque eu não faço papel de juiz, mas que se cumpra rigorosamente a pauta, e que as manipulações parem e sejam interrompidas, e que ele (Cunha) responda na justiça pelas contas na Suíça e por ter negado que ele tinha contas na Suíça”.

Sobre o presidente interino, Michel Temer, Dilma fez críticas às medidas adotadas que, segundo ela, “desmantelaram o Estado”. "Não dá para acabar com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. O futuro do nosso país depende da ciência, da tecnologia e da inovação (...). Não é assim que se dirige um Estado. Reduzindo Ministérios à economia é mínima, isso se houver economia, se não ficar mais caro”, defendeu.

Dilma Roussef diz ser imprescindível que seu mandato seja restabelecido e afirma não abrir mão do que intitula de “processo fraudulento de impeachment”. Ela considera ser vítima de um golpe

 “Eu acho imprescindível que o meu mandato seja restabelecido, mas eu não acho que só isso resolve as questões. Acho que o Brasil vai ter que repactuar a política. Não abro mão do fim desse processo fraudulento de impeachment. Dizem que não é golpe porque as instituições estão funcionando. Há hoje, no mundo, outra compreensão a respeito dos tipos de golpe existentes. O golpe militar afastava o presidente, mas ao mesmo tempo destruía o regime democrático, acabava com o direito de imprensa, acabava com a liberdade de opinião. O golpe no momento atual usa de outro método, ele quebra a legalidade, quebra a Constituição, e tenta manter o regime democrático", critica a presidente afastada.

"Eu irei até as últimas consequências para defender não o meu mandato, mas, sim, as instituições”, disse ao relembrar a votação do impeachment na Câmara dos Deputados em 17 de abril. “Estou tranquila e vou lutar para voltar”.

Para a presidente afastada, o impeachment é uma forma de evitar que as investigações cheguem a determinados políticos. Questionada pela jornalista ser as investigações poderiam afetar o ex-presidente Lula, Dilma dispara “há dois pesos e duas medidas quando se trata de Lula”.  "Quando se trata de vazar conversa da presidenta da República com qualquer pessoa, no mundo inteiro não teria discussão: a pessoa que faz isso e revela, vai pra cadeia. Nos Estados Unidos ele nem pisca, e é a maior democracia do mundo”, disse a política, que ainda revelou não concordar com a prática dos vazamentos. “Acho que a prática de vazamento leva a  uma das piores consequências: a espetacularização da política e o uso da investigação criminal parcial, não revelada integralmente, não julgada, como instrumento político de acabar com o adversário".  “Vazam delações premiadas que ainda não foram concluídas. Vazam informações a meu respeito e elas nunca são provadas. O último vazamento foi o do senador Delcidio sobre Pasadena. Pasadena foi uma compra que a Petrobras fez em 2006. Comprou 50% das ações da refinaria”, conclui. (Com assessoria RedeTV!)

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