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Política Segunda-feira, 22 de Agosto de 2016, 14:46 - A | A

Segunda-feira, 22 de Agosto de 2016, 14h:46 - A | A

SODOMA

Delegado afirma que cheques comprovam envolvimento do ex-prefeito de VG em esquema

Lucione Nazareth/VG Notícias

Em depoimento prestado na tarde desta segunda-feira (22.08) à juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, o delegado Lindomar Aparecido Tófoli, da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), afirmou que cheques apreendidos, compravam o envolvimento do ex-prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB) nos crimes contra o patrimônio público, relacionados à operação Sodoma.

Tófoli é um dos delegados responsáveis pelas investigações da “Sodoma”, que apura esquema de fraudes em concessão de benefícios fiscais, cobranças de propinas e lavagem de dinheiro na gestão de Silval Barbosa (PMDB).

O delegado foi arrolado como testemunha de Walace Guimarães e de Rodrigo Barbosa, filho de Silval.

Segundo depoimento do delegado, os cheques da Editora de Liz, de propriedade de Antônio Roni e na Intergraf, de propriedade de Evandro Gustavo, usados como parte de pagamento na compra de um terreno na avenida Beira Rio, em Cuiabá, comprovam o envolvimento do ex-prefeito e dos empresários Antônio Roni e Evandro, no esquema.

Conforme ele, o ex-secretário de Estado, César Zílio, teria declarado que Walace seria um dos proprietários da Editora de Liz e da Intergraf, e que teria ofertado R$ 1 milhão para ajudar Silval e o seu grupo político no financiamento de sua campanha eleitoral.

Tofoli disse que não tem testemunhas e nem provas documentais que comprovam o recebimento de propina por parte de Rodrigo Barbosa. "Temos apenas o depoimento do Pedro Elias que aponta o envolvimento do Rodrigo".

“Documentalmente não temos nada. Tem indícios da participação de Walace. Além disso, tem pagamentos feitos pelo governo do Estado no sistema Fiplan, direcionados as gráficas da Editora de Liz e da EGP de Evandro. Foram mais de R$ 2 milhões. Isso nos chamou atenção e nos mostrou que Walace tem envolvimento com o crime”, declarou o delegado.

O delegado explica que dos R$ 2 milhões repassados por Roni , em nome de Walace, R$ 1 milhão foi para Zílio e outros R$ 1 milhão para Silval.

Tofoli cita que os 2 milhões foram repassados no dia 17 de outubro de 2012, e aponta que o dinheiro pode ter sido utilizado para pagar dívida de campanha de Walace. “Não posso afirmar nada, mas assim como ocorreu com Silval, Walace pode ter utilizado o dinheiro para pagar dívida de campanha”.

Quanto a participação de Rodrigo Barbosa no esquema de corrupção no governo do Estado, o delegado explica que a Defaz não tem estrutura adequada para fazer interrogatórios de testemunhas e que a deficiência da Delegacia atrapalha as investigações. “A Defaz tem problema estrutural que atrapalha a efetividade das investigações. Esse problema e antigo. Mas, hoje temos uma sala disponibilizada no MP que está facilitando o nosso serviço e contribuindo com as investigações dos crimes fazendários”.

O delegado disse que os delegados Márcio Veras e Alexandra Fachone solicitaram a prisão de Rodrigo Barbosa e que o pedido foi após o ex-secretário Pedro Elias dizer que era amigo dele e que o mesmo recebia dinheiro de propina. Ele cita que Elias tinha documentos que poderiam ajudar nas investigações e que os mesmos teriam desaparecidos, sendo que Rodrigo morava no mesmo prédio do ex-secretário.

Sobre o rastreamento de R$ 2 milhões em cheques relacionados com pagamentos de propinas, ele revelou que não se comprovou até o momento que foram utilizados para pagamentos de dívidas de campanha de Silval, mas apontou pagamentos pela compra do terreno, dinheiro para a campanha de Walace , pagamento de dinheiro em espécie para Rodrigo Barbosa.

 

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