Réu em duas ações de improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público do Estado (MPE), o prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB), tentou se isentar das irregularidades apontadas nos autos pelo órgão ministerial. A defesa feita pelo peemedebista ocorreu na semana passada durante encontro “Todos por Várzea Grande”.
Em uma das ações que Walace responde, ele é denunciado por usar bem público em benefício próprio, ao ordenar a descaracterização de um dos veículos da frota do município para usá-lo em sua residência, atendendo suas necessidades domésticas.
O veículo, um Corsa Classic, ano e modelo 2007 – cor branca, era dirigido pelo motorista particular do prefeito, Antônio Carlos de Oliveira – também denunciado pelo MPE. Além disso, o veículo, ficava de posse do motorista particular do prefeito, em sua residência, onde acabou sendo roubado, posteriormente recuperado.
No entanto, Walace afirmou que ele não tinha como ter conhecimento do fato denunciado, já que existem mais de sete mil servidores lotados no município.
“Como eu poderia saber que um servidor pegou o carro oficial, sendo que a Prefeitura tem sete mil servidores” afirmou Walace, omitindo a informação de que se tratava de seu motorista particular, que o acompanha desde a Assembleia Legislativa, quando ainda era deputado estadual. Além disso, na gestão do republicano Murilo Domingos, Walace, ainda deputado estadual, também indicou para ser diretor administrativo da Policlínica do Marajoara, Antônio Carlos de Oliveira. A ligação dos dois é antiga, portanto, o prefeito omitiu informação perante Taques para se defender.
O prefeito também se defendeu da ação em que ele é réu, por permitir, quando presidente da Câmara de Vereadores de Várzea Grande, a contratação de servidor fantasma no gabinete do vereador Chico Curvo.
Nesta ação, o MPE afirma que com a conivência de Walace, Curvo manteve nomeado em seu gabinete um cuidador de galinha que prestava serviços em sua chácara particular.
Para justificar a denúncia do MPE, Walace jogou a culpa para o vereador Chico Curvo. “Tenho apenas dois processos contra mim na Justiça, e um deles, quando fui presidente da Câmara de Vereadores, por conta de um servidor fantasma contratado pelo vereador Chico Curvo, em seu gabinete” alegou ao afirmar que o vereador tinha autonomia para contratar o servidor em seu gabinete.
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