Mesmo após serem rendidos e assaltados, estudantes da Escola Estadual Marlene Marques de Barros, em Várzea Grande, decidiram manter ocupação na unidade.
O assalto ocorreu na madrugada desse sábado (28.05). Três homens armados renderam os jovens por volta da 1h da manhã e roubaram todas as doações recebidas por populares.
Em nota, emitida pelo “Movimento Primavera Estudantil” – que lidera a ocupação -, cita que o fato sinistro do assalto deve ser apurado e investigado, mas que não será motivo para abandonarem a luta em defesa da escola pública e seguem ocupando a escola.
Eles protestam quanto ao anúncio do governador Pedro Taques (PSDB) da possibilidade de fazer Parceria-Público Privada (PPP) para administrar as unidades estaduais. Confira nota na íntegra:
NOTA DO "MOVIMENTO PRIMAVERA ESTUDANTIL" sobre o sinistro na Escola Marlene Marques de Barros
Os/as Estudantes que participam do Movimento Primavera Estudantil, organizado em conjunto pela Associação Matogrossense dos Estudantes (AME), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), que ocupam a Escola Estadual Marlene Marques de Barros, em Várzea Grande, assaltados/as na madrugada desse sábado (28.05), vem a público reafirmar a posição de permanecer ocupando a Escola Marlene Marques de Barros.
Os/as estudantes da Escola Marlene Marques de Barros e a coordenação do "MOVIMENTO PRIMAVERA ESTUDANTIL afirmam que o fato sinistro do assalto deve ser apurado e investigado, mas que não será motivo para abandonarem a luta em defesa da escola pública e seguem ocupando a escola.
Portanto, a Escola Marlene Marques de Barros continuará ocupada com muita arte, cultura, debate, oficinas, esporte, aulas públicas e muita democracia da mesma forma que as Escolas Elmaz Gattas Monteiro e Ubaldo Monteiro continuarão ocupadas até que o Governo Taques recue da implantação do projeto do governo de Parceria Público-Privada (PPP) que prevê terceirização de serviços em escolas da rede pública.e que seja instalada a CPI na SEDUC.
A ocupação é uma forma organizada e pedagogicamente pacifica para chamar a atenção da comunidade escolar contra o processo de terceirização e de privatização promovida pelo Governo Taques e em defesa de uma escola pública de qualidade socialmente referenciada, voltada para os interesses da classe trabalhadora.