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Várzea Grande Segunda-feira, 16 de Maio de 2016, 09:45 - A | A

Segunda-feira, 16 de Maio de 2016, 09h:45 - A | A

Sem proposta

Enfermeiros do Pronto-Socorro de VG cruzam os braços

O presidente alega que os profissionais do município têm um dos salários mais baixos da baixada cuiabana

Rojane Marta/VG Notícias

Aproximadamente 500 enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, que atendem no Pronto-Socorro de Várzea Grande, cruzaram os braços na manhã desta segunda-feira (16.05).

Em entrevista ao VG Notícias, o presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen), Dejanir Soares, disse que desde quando a atual gestão assumiu o comando do município, em maio de 2015, pediu à categoria voto de confiança, que foi prontamente acatado pelos servidores. Porém, não houve, segundo Dejanir, atenção merecida com os profissionais.

“Não temos mais condições de dar voto de confiança para esta administração. Desde maio de 2015 estamos tentando negociar com os gestores, mas eles estão postergando. A ameaça de greve se arrasta há um ano. Já foram 28 encontros com esta gestão para tentarmos acordo, mas, não fomos atendidos” declarou Soares.

O presidente alega que os profissionais do município têm um dos salários mais baixos da baixada cuiabana, sendo R$ 880 para um técnico de enfermagem e R$ 1.760 para um enfermeiro - ambos para 40 horas semanais de trabalho.

Eles cobram reajuste de 11,27 % inflacionário, e mais perda salarial que soma 30%. “Desde 2011 que o salário da categoria está congelado, ou seja, não tem um reajuste salarial” disse.

Segundo o presidente o aumento pleiteado pelos profissionais representa um impacto mensal de R$ 49 mil para o município, porém, conforme ele, a alegação da atual administração é de que se o reajuste for concedido irá “quebrar Várzea Grande”. “Agora eu lhe pergunto, como um município igual Várzea Grande irá quebrar com um impacto de R$ 49 mil ao mês” questionou.

Para não prejudicar o atendimento à população, Soares garantiu que na urgência e emergência do Pronto-Socorro, ficam mantidos 50% de técnicos e enfermeiros atendendo durante a paralisação, enquanto nos demais setores ficam 30%.

Por enquanto, conforme o presidente, a paralisação ficará restrita ao Pronto-Socorro municipal, podendo, no decorrer da semana se estender as Policlínicas.

Outro lado – Em entrevista ao VG Notícias nesta segunda-feira (16.05), quanto a possível greve dos servidores da Educação, o secretário de Comunicação, Marcos Lemos, havia garantido que o município não tinha condições financeiras neste momento para atender reivindicações.

“Os compromissos assumidos pela prefeita serão cumpridos dentro da capacidade financeira do município. É uma questão seguinte: pagar o que eles querem ou atrasar salário, é uma opção muito boa para eles resolverem também” argumentou.

Já a Secretaria Municipal de Saúde, por meio de nota disse que está em diálogo com a classe dos profissionais da enfermagem, confira na íntegra:

Nota sobre a greve dos enfermeiros de Várzea Grande

A direção do Pronto-Socorro de Várzea Grande está em diálogo com a classe dos profissionais da enfermagem e defende a continuidade dos serviços e atendimentos aos pacientes que não podem ser prejudicados.

Compreende que a reposição salarial reivindicada pelos profissionais é justa, um direito garantido por lei, mas depende de condições favoráveis para o pagamento do reajuste sob pena de se comprometer a regularidade no pagamento dos salários e também a manutenção de contratos temporários.

Mas pontua que é preciso agir com responsabilidade para não comprometer o funcionamento das unidades de saúde, em especial o Hospital Municipal Pronto-Socorro que atende a maior demanda de pacientes não só de Várzea Grande, mas também de municípios vizinhos.

O presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso, Dejamir Soares, garantiu ao diretor-geral do Pronto-Socorro, Ney Provenzano, que os servidores vão manter 50% do efetivo trabalhando nos Centros Cirúrgicos, Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e Pronto-Atendimento. Nos demais setores, como clínicas e pediatria o atendimento será realizado por 30% do efetivo.

Uma Comissão de Negociação está tratando do assunto diretamente com a Prefeitura Municipal e as pastas responsáveis pelas finanças do Município, pois a exigência de reposição salarial não é exclusividade dos profissionais da enfermagem, mas de todos os mais de 6 mil servidores públicos municipais.

A comissão, coordenada pelo secretário de Governo, César Miranda, trabalha para encontrar uma solução que possa atender todas as secretarias e não somente uma categoria específica, reafirmando que a principal preocupação é não se comprometer os contratos de serviços e a regularidade no pagamento dos salários no último dia útil do mês trabalhado como acontece todos os meses desde quando a atual administração assumiu a gestão de Várzea Grande.

A Comissão Especial de Negociação ressalta ainda a vertiginosa queda na arrecadação das transferências constitucionais tanto por parte do Governo Federal quanto por parte do Governo Estadual, ao mesmo tempo em que, sem prejudicar o atendimento a população, promove o enxugamento dos gastos e despesas para poder honrar com a reposição das perdas inflacionárias nos salários do funcionalismo público de Várzea Grande.


Assessoria de Comunicação

Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande

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CEP: 78125-760 - Várzea Grande / MT

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