Há dois meses funcionando o oticias visitou o Restaurante Popular, em Várzea Grande na última sexta-feira (06.09), e flagrou “falhas” no controle dos frequentadores do local. O atendimento na unidade não atende aos critérios de atendimento, conforme o contrato da Prefeitura com a empresa Norte Sul Refeições.
Leia mais relacionada ...Sem controle, Prefeitura de VG vai pagar 50% das refeições do Restaurante Popular
Segundo a gerente do contrato, Dulcelina Firmino Lima, para frequentar o Restaurante a pessoa tem que se cadastrar na Assistência Social e comprovar sua incisão no NIS (Número de Inscrição Social) - considerada de baixa renda, e só então terá o direto de frequentar o restaurante e pagar pelo valor de R$3.
A normativa consta em cartazes expostos na entrada do restaurante. Segundo o informativo, são beneficiados para se alimentarem no Restaurante Popular: idosos, gestantes, deficientes, estudantes, trabalhadores com renda até dois salários mínimos, e pessoas inscritas no NIS (Número de Inscrição Social).
No entanto, o oticias esteve no local, e não teve acesso à lista das pessoas autorizadas, não havia uma lista do cardápio, nem a exposição do mesmo. O controle de entrada é conferido após o fechamento do caixa e os dados gerados pela catraca na entrada do estabelecimento. Ou seja, não há controle de quantas pessoas estão dentro da faixa de renda, que tem direito ao subsídio da Prefeitura.
Ao oticias, a servidora do município, Nanci Rúbia que estava presente no Restaurante, informou que o controle inicialmente era manual, mas como havia mais 900 nomes cadastrados, demorava muito, o que gerou tumulto. Segundo ela, para solucionar, o município deverá implantar na próxima segunda-feira (10.09), um sistema informatizado para o controle dos beneficiários.
“Vamos informatizar esse controle, segunda-feira certeza, a Prefeitura terá o controle. Aqui a gente marca tudo pela catraca, todo dia anoto os dados da catraca e também a hora que fechamos o caixa, somamos e dividimos. Tínhamos uma lista manual se não me engano era mais de 900 pessoas, precisamos procurar e demorava muito, as pessoas com idade avançada não tem paciência, estava dando túmulo, eles querem assim - a hora que abrimos que já esteja pronto”. Afirmou.
Nanci relatou ainda ao oticias que conforme o contrato a Prefeitura vai pagar para servir até 500 refeições ao dia, o valor R$ 2,85 de cada um. Segundo ela, se o proprietário passar da quantidade de pessoas servidas, o custo será por conta do proprietário.
O que chama atenção, é que em maio deste ano, a secretária de Assistência Social de Várzea Grande, Flávia Lannes, em entrevista ao ticias, grantiu que na primeira semana de junho (passado), a pasta iria cadastrar 500 pessoas que teriam direito às refeições no Restaurante Popular de Várzea Grande, ao preço de R$ 2,85. Contudo, passados dois meses da inauguração, até agora não há controle - conforme estipula o contrato e que deveria ser gerenciado e fiscalizado pela Assistência Social.
O município firmou o contrato com a empresa Norte Sul Refeições pelo período de 12 meses, no valor total de R$ 772.200,00 mil.“A Prefeitura paga 50% do almoço e outras pessoas pagam o restante do valor. Podem almoçar aqui o trabalhador com renda baixa, os que trabalham no terminal e o pessoal que está aqui próximo”, disse a gerente do Restuarante.
Outro lado - A reportagem do VG Notícias entrou em contato com a secretária de Assistência Social, Flávia Lannes, mas ela não atendeu nenhuma das ligações - e não retornou aos recados deixados aos servidores da Pasta, até o fechamento da matéria.