A Comissão de Tomada de Contas Especial da Prefeitura de Várzea Grande apontou em seu relatório que “ficou evidenciada a existência de dano ao erário público” referente as irregularidades no pagamento de faturas de energia elétrica, no valor de R$ 1,1 milhão, por parte de ex-diretores da extinta Fundação de Saúde de Várzea Grande (FUSVAG).
Relatório da Comissão, emitido em dezembro de 2017, não cita quais seriam os danos evidenciados e nem os possíveis responsáveis.
Apesar da constatação, a Comissão suspendeu as investigações depois de identificar que um “precatório” anexado às contas de energia elétrica da extinta FUSVAG não teria sido pago.
“A Comissão entende ser necessário SUSPENDER, até a quitação do valor do Precatório n. º 94573/2008 junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, a presente Tomada de Contas Especial, sem parecer conclusivo, para quando do pagamento do débito, possa ocorrer a devida análise completa, apurando-se as responsabilidades e liquidando, a cada agente, a responsabilidade que lhe compete”, diz trecho extraído do relatório.
Após o pagamento do precatório, a Comissão informou que irá conceder prazo para defesa do ex-prefeito Murilo Domingos (PR) e os ex-diretores da FUSVAG: Arilson Costa de Arruda; Jazon Baracat de Lima; Antônio Augusto de Carvalho; Reinaldo Della Pasquá; José de Araújo Lafetá Neto.
Sobre a suspensão, a Comissão apontou que ela não prejudicará as documentações já colhidas para apuração dos fatos e das responsabilidades. “Sendo certo que a liquidez do dano ao erário público é item fundamental para averiguar o montante de juros e multas pagas e que devam ser restituídas”, cita outro trecho extraído do relatório.