A cabo Karen de Arruda Fortes, 30 anos, é a única mulher a integrar a Força Tática de Mato Grosso, treinada para intervenções nas ocorrências de crimes de maior potencial ofensivo.
De acordo com a Polícia Militar, ainda quando criança, ela já sabia a carreira que queria seguir ao ver um grupamento de motos liderado por uma mulher. Inspirou-se na cena que aconteceu em frente à sua casa e não teve dúvida ao seguir o sonho de entrar para a Polícia Militar.
“Entre meus amigos, alguns escolheram ser médicos, outros advogados, eu escolhi ser policial. É uma profissão de risco, mas eu amo o que eu faço. Acho que tenho um dom voltado para ajudar a sociedade”, conta.
Karen entrou para a polícia em 2008, na cidade de Juína (730 km de Cuiabá). Foi a primeira vez que tantas mulheres ingressaram para a corporação da cidade - eram 14 do total de 77 policiais militares. Ela conta com orgulho que serviu todo noroeste do Estado antes de vir definitivamente para a Capital, no final de 2012.
Para ela, a polícia ainda é um mundo muito masculino que envolve força e resistência. O primeiro grande desafio do cargo atual foi o curso de nivelamento especializado da força tática de quatro semanas, obrigatório para quem vai integrar a Cia de Força Tática.
“Foram momentos em que me perguntei: porque estou fazendo isso, acordando tão cedo, ficando longe das minhas filhas. Mas eu tinha que provar pra mim que era capaz. Não sou diferente, não sou melhor, sou igual aos homens”, frisa sobre o desafio de ser mulher em uma carreira policial.
Suas duas filhas, uma de 7, e outra de 9 anos de idade, apesar de terem que dividir a mãe com a profissão, entendem a missão, e até fazem pose com o uniforme da mãe.
“É gratificante você receber um ‘muito obrigado’ do cidadão. Nem sempre é possível evitar o trauma dele por ter sido roubado ou furtado, mas aquele sorriso de quando você recupera aquilo que ele lutou muito pra conquistar é uma recompensa.” (Com PM/MT).
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