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Sexta-feira, 01 de Agosto de 2025, 08h:14 - A | A

Poluição do ar aumenta risco de demência, aponta estudo com dados de 30 milhões de pessoas

Análise publicada na revista The Lancet Planetary Health mostra que partículas poluentes podem acelerar doenças neurodegenerativas como Alzheimer

A poluição do ar — especialmente aquela vinda do escapamento de veículos, queima de combustíveis e processos industriais — pode estar diretamente ligada ao aumento do risco de demência em adultos, incluindo a doença de Alzheimer. É o que indica um novo estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Cambridge e publicado na segunda-feira (28) na revista científica The Lancet Planetary Health.

A análise reuniu dados de 51 estudos anteriores, envolvendo mais de 29 milhões de pessoas em quatro continentes. A conclusão foi clara: quanto maior a exposição a certos tipos de poluentes, maior o risco de desenvolver demência, principalmente os tipos causados por processos inflamatórios no cérebro.

O que os cientistas descobriram
Três poluentes se destacaram pela forte associação com a doença:

Material particulado fino (PM2,5): são partículas microscópicas (com menos de 2,5 micrômetros de diâmetro) que podem ser inaladas profundamente pelos pulmões. Estão presentes em emissões de veículos, fogões a lenha, usinas e reações químicas no ar. Para cada aumento de 10 microgramas por metro cúbico de PM2,5, o risco de demência sobe 17%.

Dióxido de nitrogênio (NO₂): gás gerado principalmente por motores a diesel, emissões industriais e aquecedores a gás. Um aumento de 10 microgramas por metro cúbico eleva o risco de demência em 3%.

Fuligem (black carbon): subproduto da queima incompleta de combustíveis, também associada ao trânsito e ao uso de madeira. A cada um micrograma por metro cúbico a mais no ar, o risco de demência sobe 13%.

Essas substâncias podem atingir o cérebro direta ou indiretamente, desencadeando inflamações e estresse oxidativo, dois processos biológicos já conhecidos por sua ligação com doenças neurodegenerativas.

“Não é só problema de saúde, é questão urbana e ambiental”. (g1)

Para os autores do estudo, a poluição do ar deve ser tratada como um fator de risco modificável, ou seja, algo que pode ser prevenido com mudanças políticas e sociais.

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