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Saúde Sexta-feira, 03 de Outubro de 2025, 10:50 - A | A

Sexta-feira, 03 de Outubro de 2025, 10h:50 - A | A

metanol

Governo amplia estoque de antídotos diante de aumento de intoxicações por álcool clandestino

Fiscalização é intensificada e governo pede que consumidores evitem bebidas sem procedência

Isadora Sousa/VGN

O Ministério da Saúde anunciou nessa quinta-feira (02.09) um pacote emergencial de ações para enfrentar os casos de intoxicação por metanol ligados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante reunião da Sala de Situação, criada especialmente para monitorar e coordenar a resposta nacional ao problema.

Segundo Padilha, há um alinhamento entre União, Estados e municípios para garantir rapidez no atendimento e na fiscalização. “Reafirmo o total funcionamento do fluxo de informações entre o SUS, a Anvisa e as vigilâncias estaduais e municipais”, declarou.

Entre as medidas, o Ministério da Saúde estruturou, junto à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), um estoque estratégico com 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico em hospitais universitários e serviços do SUS. Também foi autorizada a compra emergencial de mais 150 mil ampolas do produto, que funcionam como antídoto para casos confirmados.

Outra frente é a busca pelo medicamento fomepizol, específico para intoxicações por metanol, que não é produzido no Brasil. A Anvisa abriu chamada pública internacional e solicitou apoio de dez grandes agências reguladoras do mundo. O Ministério também pediu à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a doação imediata de 100 tratamentos e negocia a aquisição de outras 1.000 unidades.

Até agora, o Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) registrou 59 casos suspeitos ou confirmados: 53 em São Paulo, cinco em Pernambuco e um no Distrito Federal. O balanço aponta oito mortes em investigação, sendo uma já confirmada.

O ministro reforçou que a população deve evitar bebidas de origem duvidosa, especialmente líquidos incolores sem rótulo ou procedência clara. “É fundamental certificar-se da origem da bebida e não aceitar produtos de desconhecidos”, alertou.

Três laboratórios foram mobilizados para análises rápidas: Lacen/DF, Laboratório Municipal de São Paulo e o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (Fiocruz). Além disso, a Anvisa identificou 604 farmácias de manipulação capazes de produzir etanol farmacêutico, caso haja demanda emergencial.

O Brasil conta hoje com 32 Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), responsáveis por orientar profissionais e apoiar o diagnóstico. O atendimento emergencial também pode ser feito pelo Disque-Intoxicação (0800-722-6001).

A fiscalização de bares, restaurantes e distribuidoras é de responsabilidade das vigilâncias sanitárias locais. A Anvisa informou que seguirá apoiando Estados e municípios em ações de campo.

Em Mato Grosso, a fiscalização contra adulteração de bebidas alcoólicas foi intensificada, após caso de adulteração de rótulo de bebidas alcoólicas em Nova Mutum, a 241 km de Cuiabá. 

*Com informação do Ministério da Saúde

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