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O ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa (PMDB), Silvio César Correa, presta depoimento à juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Rosane Arruda, sobre o suposto esquema de corrupção instalado no governo do Estado durante a gestão do peemedebista.
Correa é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de fazer parte da suposta organização criminosa que desviou milhões dos cofres públicos do Estado.
Em seu depoimento, Silvio disse que o empresário Júlio Minoru Tisuji, sócio proprietário da Webtech Softwares e Serviços Ltda, teria o procurado para resolver a questão do contrato junto ao Estado, mas que ele mandou o empresário procurar o secretário de Administração, Pedro Elias.
Referente aos pagamentos de propina por parte da empresa Consignum, Correa afirmou que não recebeu propina e que apenas pegou R$ 600 mil das mãos de Pedro Elias, em propina e que entregou para Silval Barbosa.
O ex-chefe de gabinete declarou que participou de uma reunião na Secretaria de Estado de Administração que tratou sobre aumento da propina cobrada da empresa Consignum, mas que não participou da discussão dos valores que deveriam ser pagos pela empresa ao grupo de Silval.
Silvio relata que era uma pessoa de confiança de Silval Barbosa e que sempre repassava ao peemedebista informações sobre acertos de cobrança de propina.
Ele relatou que ficou sabendo da operação realizada pelo ex-deputado José Riva para trocar a empresa responsável pelos empréstimos consignados aos servidores públicos. Na época, Riva negociou a saída da empresa Consignum para ser substituída pela empresa Zeta, no entanto, segundo o Ministério Público, a substituição não foi concretizada pelo fato do empresário William Mischur (dono da Consignum) pagar cerca de R$ 2,5 milhões para continuar a manter contrato com Estado.
Atualizada às 17h20min - Correa disse que recebeu dinheiro de propina do ex-secretário César Zilio em relação aos pagamentos feitos pela empresa Consignum. "Mas, eu não sabia que era de propina. Sabia que era dinheiro. Ele vinha em envelope lacrado endereçado ao governador Silval. Em algumas ocasiões o Silval me passava o envelope com dinheiro para pagar dívidas dele", relatou.
Relacionado aos R$ 600 mil de propina repassado a Silval por parte da Consignum, o ex-chefe de gabinete apontou que foram usados para pagar dívidas de campanha do ex-governador.
Atualizada às 17h29min - Sobre possíveis ameaças ao ex-secretário César Zilio e Pedro Elias, Silvio nega e diz que jamais ameaçou ninguém. "Eu apenas fiz um comentário que se faz na cadeia. Quem entregar alguém, delatar tem que morrer. Eu fiz isso porque estava com raiva. Estou arrependido por esse comentário. Foi um comentário muito idiota, feito no calor da emoção", disse, ao falar que o comentário foi dirigido ao ex-secretário Pedro Nadaf.
Na época eles estavam presos no Centro de Custódia e os ex-secretários César Zilio e Pedro Elias, estavam negociando o acordo de delação premiada com o Ministério Público.
Atualizada às 17h30min - Correa afirma que algumas dívidas de campanha de Silval Barbosa permanecem até hoje.
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