O ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, disse nesta segunda-feira (29.08) em depoimento à juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que o ex-prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB) teria recebido propina na contratação de gráficas para prestar serviço “fictício” ao governo do Estado.
Conforme o ex-gestor, o então secretário César Zílio solicitou para ele (Nadaf) que contratasse por meio de adesão de pregão algumas gráficas, indicadas por Walace, para executar serviços no governo do Estado. Porém, sem prestar mais detalhes, Nadaf afirmou que os serviços não foram executados, mas as empresas teriam recebido o valor combinado entre Zílio e Walace, em torno de R$ 4 milhões.
O ex-secretário diz não saber se a contratação das empresas estava direcionada ao “caixa dois” de campanha de Walace nas eleições de 2012, e que o negócio era apenas de conhecimento de Zílio.
César Zílio disse em depoimento que foram pagos mais de R$ 4 milhões para as empresas Integraf do empresário Evandro Gustavo Pontes da Silva e Gráfica e Editora de Liz, de propriedade de Antônio Roni de Liz, para prestação de serviços gráficos, sem a execução dos mesmos.
O ex-gestor apontou que o pagamento foi uma forma de ajudar financeiramente na campanha eleitoral de Walace em 2012, sem que o dinheiro fosse declarado à Justiça. Pelo esquema, segundo Zílio, o peemedebista em conjunto com os empresários teriam pago R$ 2 milhões, sendo que R$ 1 milhão ficou com o ex-secretário e R$ 1 milhão com ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
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