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Política Sábado, 15 de Julho de 2017, 12:00 - A | A

Sábado, 15 de Julho de 2017, 12h:00 - A | A

Embate Político

"Eles estão comemorando, mas agosto está aí", diz Zveiter sobre denúncia contra Temer

Edina Araújo/VG Notícias

Reprodução

Zveiter

“Eu vou estar lá, presente, para sustentar a tese do meu voto.", diz Zveiter

“Eles estão comemorando, mas agosto está aí", disse o deputado Sérgio Zveiter, relator de o primeiro parecer sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer, feita pela Procuradoria-Geral da República. Zveiter considera a “vitória” de Temer “artificial e passageira”. A declaração de Sérgio Zveiter foi feita nessa sexta-feira (14.07), em entrevista ao programa da jornalista Mariana Godoy, na Rede TV.

O parlamentar explicou o motivo para ter essa crença e minimizou o fato: "Não foi surpresa". Sobre os 12 deputados que foram tirados do Conselho de Constituição e Justiça (CCJ), ele alertou: "Eles vão votar no Plenário, por isso até que ‘eles’ adiaram para agosto.”

Indagado se faria campanha contra o parecer do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que recomendou a não admissibilidade da denúncia contra Temer, Zveiter foi direto: "Não preciso nem fazer campanha.” Ele prosseguiu: “Eu vou estar lá, presente, para sustentar a tese do meu voto."

Questionado sobre a reação popular à rejeição de seu parecer na CCJ, Zveiter disse não ter pesquisas sobre o assunto. O deputado, entretanto, citou as redes sociais como termômetro para medir a repercussão dos últimos fatos em Brasília. Ele garantiu que as manchetes jornalísticas não influenciam os votos dos parlamentares e disse acreditar que a maioria deles vota de acordo com a consciência. Zveiter fez questão de deixar claro que, tivesse apurado não haver indícios de crimes, teria recomendado a não admissibilidade da denúncia.

O deputado criticou as dificuldades encontradas em seu atual partido: "Se eu soubesse que para ser membro do PMDB teria que votar de acordo com liberação de emenda, ou com liberação de cargo ou de acordo com uma executiva nacional que diga o que o deputado tem que fazer, inclusive ameaçando, eu não teria ingressado. Eu ingressei no PMDB inspirado nas lições de Ulysses Guimarães.”

Sérgio Zveiter falou sobre a repercussão negativa de seu parecer dentro do PMDB e comentou as críticas pesadas que teria recebido no grupo de WhatsApp do partido: "Me chamaram de traidor, de vagabundo. Isso tudo eu relevei. Mas um deputado, o deputado Perondi [Darcísio Prendi - PMDB/RS], ao se referir ao meu voto, falou que eu estava fazendo apologia ao nazismo e ao fascismo e eu sou o único judeu hoje no exercício do mandato na Câmara, esse eu não pude deixar sem resposta.” Sergio Zveiter garantiu que tomará ‘medidas cabíveis’ contra o colega.

Questionado se espera alguma punição do partido pelo relatório apresentado à CCJ, Zveiter primeiro brincou: "Sanção [sic], para mim, só se for daqueles filmes épicos.” Depois, fez uma análise mais séria: "Hoje mesmo já me disseram que vão tomar uma providência em relação a mim. Eles não podem tirar o meu mandato, eles não podem tirar o direito de eu votar no plenário, então estou muito tranquilo.” O político foi além: "Se tivesse que fazer, faria de novo".

Para falar sobre como se sentiu ao ter o parecer rejeitado, Zveiter citou sua participação em outra comissão da Câmara: “Ninguém gosta de participar de uma Comissão de Ética, que vai punir um parlamentar.” Ele se referia à experiência que teve na cassação do mandato do ex-deputado Natan Donadon (RO).

Zveiter disse ter ficado contrariado quando, na primeira tentativa, o plenário da Câmara optou por não cassar os direitos de Donadon após votação secreta. O parlamentar admitiu que pensou em renunciar ao seu mandato. O deputado falou sobre algo que considerou uma vitória neste caso: Conseguimos aprovar o voto aberto na Câmara. Zveiter foi, então, relator pela segunda vez na CCJ e o mandato do ex-deputado de Rondônia foi cassado. Depois de expor essa situação, ele falou sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer e garantiu: "Eu já sabia que o resultado ia ser desfavorável.”

O deputado do PMDB do Rio de Janeiro deixou claro que o fim do voto secreto é um grande aliado para a população do Brasil: "A sociedade vai saber quem quer pegar fatos gravíssimos praticados, em tese, pelo presidente da República, no exercício do mandato, e vai botar embaixo do tapete e quem vai querer que seja esclarecido, como qualquer cidadão comum". Ele ainda fez um comentário direto sobre o chefe do Executivo Federal: “O Michel Temer devia ser o primeiro a querer ver isso apurado, quem não deve não teme, então, dia dois de agosto está aí”.

Segundo ele, informações veiculadas na imprensa dão conta de que novas denúncias contra o presidente estariam por vir: "Muita água ainda vai passar por baixo dessa ponte".

Ao ser perguntado se acha que Rodrigo Maia será presidente, Zveiter ponderou: "Ano que vem tem eleição para presidente da República. O Rodrigo Maia, como eu e qualquer cidadão que preenche os requisitos, pode concorrer a presidente e ele, se a população entender que deve ser presidente da República, é só concorrer, ser votado e a partir de 2018 é ele.” Com relação a um possível afastamento de Michel Temer, Zveiter preferiu não emitir opinião.

Sergio Zveiter é advogado e político. Filiado ao PMDB e atual deputado federal pelo Estado do Rio de Janeiro. É filho do ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Waldemar Zveiter e irmão do desembargador Luiz Zveiter. (Com informação da Rede TV).

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