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Polícia Quinta-feira, 12 de Março de 2020, 10:30 - A | A

Quinta-feira, 12 de Março de 2020, 10h:30 - A | A

PRIMEIRA MÃO

Reviravolta: Ex-policial inocenta marido de enfermeira e assume morte em MT

Izabella Araújo/VG Notícias

Durou mais de cinco horas a audiência de instrução dos réus Ronaldo da Rosa, 32 anos, e do ex-policial militar Marcos Vinicius Pereira Ricardi, 26 anos, acusados da morte da enfermeira Zuilda Correia Rodrigues, 43, em Sinop (503 km de Cuiabá).

A audiência, que teve início às 16h e terminou às 22h, foi realizada no Fórum de Sinop pela juíza Débora Roberta Pain Caldas que ouviu sete testemunhas e interrogou os dois acusados. 

De acordo com uma fonte do oticias, o ex-policial militar detalhou o passo a passo dos fatos na data da morte de Zuilda em 27 de setembro de 2019, no município. Segundo ele, Zuilda o mandou embora após descobrir que ele respondia a um processo por peculato. Ela teria começado a maltratá-lo e ele foi até a residência dela para conversar e tentar conseguir o emprego novamente.

Ao chegar na casa, segundo o depoimento dele, ela começou xingá-lo, deu um tapa nele e que o fez perder a cabeça. Ele a agrediu, deu um mata leão que acabou sufocando a vítima, puxou para dentro da camionete e foi para o bairro afastado desovar o corpo.

Ainda conforme Marcos Vinícius, ele não tinha intenção de matá-la, mas após o tapa, as coisas saíram do controle. O réu também garantiu que o marido não planejou a morte e não teve participação no crime. Que ele (Ronaldo) ficou sabendo do caso quando o corpo de Zuilda já estava desovado.

O réu declarou ainda que ameaçou Ronaldo caso ele contasse sobre a morte e garantiu que envolveria o nome dele na ação criminosa. “Ele disse para o Ronaldo que não era mais para manter contato, que se alguém descobrisse algo, ele colocaria o nome dele na situação, e foi o que aconteceu, após Ronaldo registrar um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento da esposa”, contou a fonte.

Marcos Vinícius voltou atrás nas declarações, de acordo ele, após conversar com um pastor da igreja e se arrepender do crime contra Zuilda e de acusar um inocente.

Na audiência, Ronaldo Rosa se restringiu a afirmar que é inocente, assim como declarou ao ser entrevista na época de sua prisão.

De acordo com o advogado de defesa do esposo de Zuilda, Bruno Hintz em entrevista ao oticias, o silencio dele é um direito constitucional e não pode ser interpretado como prejuízo ao acusado e cabe ao Ministério Público Estadual (MPE) demonstrar a culpa imputada a ele.

Francisco Biolchi, que também defende o acusado, afirmou que audiência de ontem demonstrou o quanto são precárias as provas contra seu cliente. “Ontem trouxe ao processo a verdade real, reiterando diversas vezes que o nosso cliente não tem nenhuma participação nessa tragédia”, contou.

No final da audiência, a defesa de Ronaldo Rosa pediu a revogação da prisão dele ou a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares. Agora, o processo será encaminhado para o MPE para manifestação sobre o pedido da defesa de Ronaldo e para apresentação das alegações finais. A juíza definirá se os réus irão a júri popular.  

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