A Polícia Civil prendeu três envolvidos na morte de uma mulher no município de Jaciara. O crime ocorreu na madrugada de 13 de setembro. Na ocasião, a vítima Jakielly Pontes da Silva, 25 anos, retornava do trabalho em uma motocicleta Honda Biz quando ao cruzar a rodovia BR 364, próximo a área central do município, foi surpreendida e atingida por aproximadamente cinco disparos de arma de fogo. A jovem não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local.
Os trabalhos iniciais de apuração da Polícia Civil indicaram que a vítima não possuía inimigos, era apontada por conhecidos como uma pessoa trabalhadora, mãe de três filhos, não possuía vícios ou dívidas e estava retornando do trabalho (uma loja de conveniência) quando foi assassinada. Nenhum pertence foi levado da vítima.
Em continuidade às investigações, os policiais descobriram que recentemente Jakielly havia ingressado com uma ação de reconhecimento de paternidade postulando para que um dos suspeitos, Tiago Floriano de Paula, 30, reconhecesse uma criança de 08 meses como seu filho.
O delegado à frente das investigações, João Paulo Praisner, explica que no dia 10 de setembro ocorreu uma audiência no Fórum de Jaciara em que Tiago se recusou a reconhecer voluntariamente a paternidade da criança. Na quarta, (12) Jakielly, Tiago e a criança forneceram material genético para exame de DNA. "Poucas horas após o fornecimento do material genético, Jakielly foi assassinada", explica.
Tiago foi encontrado em em um lava-jato, do qual ele é proprietário. Ele foi conduzido até a Delegacia de Polícia para esclarecimentos e negou qualquer envolvimento no homicídio. Tiago declarou ainda ter permanecido em casa durante toda a noite. No entanto, “em razão das contradições apresentadas pelo suspeito, e confronto com depoimentos testemunhais, representei pela prisão temporária do investigado, que foi decretada pelo Judiciário e cumprida ainda no dia 13 de setembro”, esclarece o delegado.
Ao ser novamente interrogado, em 18 de setembro, Tiago acabou confessando ter sido o mandante do homicídio.
O suspeito contou que contratou dois de seus funcionários, identificados como João Vitor Pereira dos Santos, 18, e Gilmar Oliveira dos Anjos, 25, para executarem a vítima.
Ainda durante o interrogatório, Tiago disse ter prometido a quantia de R$ 2 mil para João Vitor e R$ 1.500 para Gilmar. A motivação, de acordo com Tiago, decorreu o fato de Jakielly pedir o reconhecimento de paternidade.
O delegado João Paulo Praisner representou também pela prisão temporária de João Vitor e Gilmar, que foram deferidas pelo Judiciário. Gilmar foi surpreendido pelos policiais civis na quarta-feira (19) no lava-jato de propriedade de Tiago. Já Joao Vitor foi surpreendido em via pública no bairro Santo Antônio, no interior de um veículo, quando se preparava para deixar o município com intuito de fugir da ação policial.
Conduzidos à delegacia e interrogados, João Vitor e Gilmar confessaram o crime, sendo que o primeiro afirmou ter efetuado os disparos contra a vítima e o segundo contou ter pilotado a motocicleta utilizada na prática do delito. Ambos também declararam terem sido contratados por Tiago sob promessa de recompensa financeira após a execução.
Os três suspeitos seguem detidos, o inquérito policial será concluído no prazo de 30 dias.
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