Ane Lise Hovoruski, apontada como pivô da morte do personal Danilo Campos, teve seu celular periciado e mensagens de voz foram encontradas que revelam conversas “picantes e provocativas” de Ane para Danilo. As conversas analisadas pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), foram obtidas com exclusividade pelo site Repórter MT, e mostram como Ane instigava Danilo, confirmando o que disseram amigos do personal em depoimentos sobre o assassinato.
O personal trainer, Danilo Campos, 28 anos, filho do vereador de Várzea Grande, Nilo Campos (DEM), foi assassinado a tiros em novembro de 2017, no bairro Jardim Cuiabá, na Capital, a mando de Guilherme Dias de Miranda, 35 anos, marido de Ane.
Guilherme Dias de Miranda, e Walisson Magno de Almeida, 27 anos, acusados de serem mentor e executor, respectivamente, do assassinato do personal, estão presos desde março deste ano.
Conforme mensagens, Ane provocava Danilo dizendo que o marido não "fazia nada na cama" com ela e reclamando do "pouco caso" do personal sobre seus pedidos. "Vou ter que arrumar outro homem", dizia.
“Passo o dia inteiro na cama com meu marido, ele não faz nada, aí eu quero você e, quando eu tenho 10 minutos você nem me atende”, diz Ane em um dos áudios.
Conforme mensagens, Ane provocava Danilo sobre fazer sexo anal. Em um dos áudios, que não praticaria com ele por causa do tamanho. O teor das mensagens, apurado pela Politec, revela que a Ane, que era aluna de Danilo da academia Smart Fit, mantinha um relacionamento amoroso com o personal.
O assassinato - De acordo a Polícia Militar, Danilo estava em seu veículo Honda Civic, rua General Ramiro de Noronha, em Cuiabá, por volta das 21h20 do dia 8 de novembro, quando foi atingido por cinco tiros efetuados por dois homens em uma motocicleta, no momento em que ele passava por uma lombada.
Ane chegou a ser presa em fevereiro de 2018, porém, foi solta após não ter a participação no crime comprovada e afirmar que era ameaçada e agredida pelo ex-marido, conforme investigação da Delegacia de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP).
Conforme as investigações, Guilherme Dias contratou dois assassinos para matar Danilo, como uma forma de vingança pela suposta traição.
Guilherme Dias teria usado um perfil falso no WhatsApp para conversar e intimidar a Ane Lise Hovoruski. A conversa, conforme a investigação, foi mantida um mês após o assassinato, quando Guilherme, mandante da execução, estava foragido. “Então você está solteira? Posso ver você? Nada demais, já que está solteira acredito que não haverá problema”, escreveu Guilherme se passando por um personal conhecido da vítima.
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