Um dos alvos da operação “Fake Monster” foi localizado em Campo Novo do Parecis, a 388 km de Cuiabá, em Mato Grosso. Ele faz parte de um grupo investigado por planejar um ataque com explosivos improvisados e coquetéis molotov durante o show da cantora Lady Gaga, realizado na noite desse sábado (03.05), na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
A ação foi conduzida de forma conjunta pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A investigação teve como foco um grupo que promovia discurso de ódio nas redes sociais e articulava ataques contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.
Durante a operação, um homem identificado como líder da organização foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo no Estado do Rio Grande do Sul. No Rio de Janeiro, um adolescente foi apreendido por armazenar material de pornografia infantil.
As apurações apontaram que os suspeitos utilizavam plataformas digitais para promover um "desafio coletivo", no qual adolescentes eram recrutados para realizar ataques violentos durante o evento. Essa prática era apresentada como forma de integração entre os jovens do grupo, além de buscar visibilidade nas redes sociais.
Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão contra nove pessoas. As ações ocorreram nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias e Macaé (RJ); Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista (SP); São Sebastião do Caí (RS); e Campo Novo do Parecis (MT).
Durante as diligências, foram apreendidos dispositivos eletrônicos e outros materiais que serão analisados para aprofundar as investigações. A Polícia Civil informou que a operação teve como principal objetivo neutralizar condutas digitais com potencial risco ao público do show.
Segundo as autoridades, a atuação foi realizada com discrição e precisão, a fim de evitar alarmismo e distorções junto à população. Como desdobramento da operação, também foi cumprido, em Macaé, um mandado de busca e apreensão contra um indivíduo que ameaçava matar uma criança ao vivo. Ele é investigado por terrorismo e por incitar crimes.
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