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Polícia Domingo, 26 de Junho de 2016, 12:25 - A | A

Domingo, 26 de Junho de 2016, 12h:25 - A | A

Operação Seven

Médico "lava" dinheiro público fraudado em previdência privada

Estratégia era para dissimular crime de peculato, aponta Gaeco

Folha Max

Com parte do dinheiro que recebeu pela venda fraudulenta de um terreno de R$ 7 milhões ao governo do Estado, o médico Filinto Correa da Costa aplicou R$ 1,5 milhão desviado do Estado de Mato Grosso em favor de um seguro previdência administrado pela Brasilprev Seguros e Previdência S.A.

De acordo com trecho da denúncia criminal formulada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e encaminhada à Justiça, essa foi uma das estratégias de Filinto Correa da Costa para ocultar e dissimular a natureza e origem ilícita do dinheiro. 

Em 10 de março de 2015, Filinto resgatou o dinheiro aplicado permanecendo com a quantia em espécie para recolocá-la no sistema financeiro. Três dias depois, o médico depositou R$ 150 mil do dinheiro desviado no mesmo seguro previdência com o intuito de gerar rendimentos.  

A denúncia cita ainda que houve dois depósitos em suas contas bancárias que totalizam o montante de R$ 7 milhões, exatamente a quantia que foi paga pelo Estado na aquisição fraudulenta do terreno. Posteriormente, repassou determinadas quantias em cheques a outros acusados como o seu filho e advogado João Celestino Correa da Costa e ao procurador aposentado do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o "Chico Lima". 

“Desta forma, Filinto logrou êxito em manter o dinheiro desvinculado de sua origem e natureza espúria, já que outrora dinheiro em conta bancária transmutou-se em aplicação financeira, bem como em colocar o proveito do crime a salvo do controle e da fiscalização das autoridades competentes”, completa a denúncia. 

No total, a segunda etapa da Operação Seven culminou numa denuncia conta 13 pessoas pelos crimes de lavagem de dinheiro, peculato, corrupção passiva e organização criminosa no desdobramento das investigações da “Operação Seven”, que apurou desvios de R$ 7 milhões dos cofres públicos. A denúncia foi encaminhada no último dia 20 a juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda, que analisa se acata o pedido dos promotores.

Entre os denunciados estão os ex-secretários de Fazenda, Marcel de Cursi, e da Casa Civil, Pedro Nadaf, e os presidentes do Intermat (Instituto de Terras de Mato Grosso), Afonso Dalberto, e Metamat (Companhia Matogrossense de Mineração), João Justino Paes de Barros. O médico Filinto Correa da Costa, beneficiário direto do dinheiro desviado, e seus filhos, Filinto da Costa Junior e João Celestino Correa da Costa, assim como o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, também estão entre os denunciados.

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