Uma mulher suspeita de torturar o próprio filho de dois anos, foi presa em flagrante nessa sexta-feira (09.05), em Várzea Grande. A prisão ocorreu após a polícia receber informações de que uma criança havia dado entrada no Pronto-Socorro do município (PSVG) com uma fratura no braço. Mesmo com a lesão grave, a mãe continuava agredindo o menino com tapas, beliscões e chegou a retirar o acesso venoso usado para medicação.
Segundo o Conselho Tutelar, as agressões começaram em Santo Antônio de Leverger, onde mãe e filho moram com outros familiares. A mulher alegou que a fratura teria sido causada por uma queda doméstica, mas não levou a criança ao hospital alegando que era feriado. Mesmo com o braço machucado, ela o mandou para a escola usando uma blusa de frio para esconder os ferimentos.
Na escola, a criança chorava de dor. Os educadores notaram o inchaço no braço e acionaram o Conselho Tutelar, que obrigou a mãe a levá-lo ao hospital. Lá, foi constatada a necessidade de cirurgia. Além da fratura, o menino apresentava diversos hematomas, como olho roxo, unhadas na barriga, queimaduras de cigarro e marcas de mordidas.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Jéssica Cristina de Assis, os laudos médicos e o histórico de lesões indicam que a criança vinha sendo submetida a sofrimento físico e psicológico de forma contínua.
"Ficou claro que as agressões eram permanentes. Mesmo durante a internação, a mãe continuava violentando a criança, colocando em risco a vida do menor", afirmou a delegada.
A mulher foi conduzida à Delegacia da Mulher de Várzea Grande, onde foi autuada em flagrante por crime de tortura na forma de castigo. A delegada representou pela conversão da prisão em flagrante para preventiva, e o pedido foi encaminhado ao Poder Judiciário.
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