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Polícia Quarta-feira, 02 de Janeiro de 2019, 13:30 - A | A

Quarta-feira, 02 de Janeiro de 2019, 13h:30 - A | A

EXCLUSIVO

‘Ele queria matar e se matar’, diz filho de vítima do acidente na FEB

José Wallison/ VG Notícias

CBM

FEB acidente

 

Nielson Batista Borges, filho de Rosilda Batista da Silva, 50 anos, morta no acidente da avenida da FEB, em Várzea Grande, na noite do dia 28 de outubro disse ao oticias nesta quarta-feira (02.01), que o motorista que causou o acidente trafegando em alta velocidade na contramão, o empresário, Eduardo Nilson Amorim, “queria matar, e se matar”.

Além de Rosilda e do namorado Airton Batista da Silva que morreram no acidente,  ficaram feridos Carlos Eduardo de Freitas Dias e Fabiane de Meira Ferreira Santos.

“Ele simplesmente queria matar alguém e se matar. Ele sabia que estava fazendo, os policiais me disseram que não tinha como fazer o teste do bafômetro porque ele estava entubado. Acho muito difícil alguém ser preso no Brasil, ainda mais quem tem dinheiro”, desabafa Nielson.

 

Indignado, ele ainda disse que nenhum familiar do motorista o procurou. “Já está entrando no terceiro mês do acidente e ninguém da família dele se pronunciou e nem me deu pêsames. Outras pessoas que presenciaram principalmente o casal que ficou ferido no acidente falaram comigo. Não sei do estado de saúde dele, mas, quero que melhore e pague o crime que cometeu”, disse.

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Nielson relatou que estava em Acorizal (71 km de Cuiabá) a trabalho e que soube da morte da mãe através de um familiar do namorado dela. “Eu tentei ligar para ela e não atendia. Bom, eu imaginei que estava dormindo, talvez teria saído com o namorado e voltou tarde. Porém, algum tempo depois ligou um parente dele me avisando sobre a morte da minha mãe. Segundo quem me ligou, eles estavam voltando de um churrasco de amigos. Achei que era ‘trote’, porém, pesquisei na internet e vi que ela foi morta”, declarou ao oticias.

vítima e filho

 Nielson e sua mãe vítima do acidente, Rosilda Batista da Silva, 50 anos

Ele fala sobre a dor de perder a mãe. “Quando a pessoa está doente a gente se prepara e até espera que ela morra. Porém, minha mãe estava com a saúde perfeita, estava feliz e ainda era nova. Quando a família soube da morte sentimos como se um muro caísse sobre a gente, a vida dela foi tirada e isto a gente não irá superar tão fácil”, conta.

Ele declarou que deixou o emprego de operador de máquinas pesadas e começou a trabalhar como Uber para ter tempo de acompanhar as investigações. “Normalmente o delegado passou poucas coisas sobre o trabalho de investigação e sobre o Eduardo, até porque têm medo que eu faça alguma besteira, porém, eu não sou assim”, declara.

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Rosilda deixou dois netos, a filha de Nielson de nove anos e um menino de cinco anos. “Eu liguei para meu cunhado e disse o que ocorreu. Ele contou para minha irmã que mora em São Paulo e ela desabou. O meu sobrinho a viu chorando e ele já sabendo de tudo disse que não era preciso chorar porque o céu era um lugar bom”, destaca.

Ele disse que as festas de fim de ano foram um momento muito difícil para ele e principalmente para sua avó de 85 anos, mãe de Rosilda. “Ela foi a mais afetada, perder um filho deve ser algo muito difícil, ainda mais da forma que foi. Só ela para dizer o que sentiu no momento”, declara.

A Polícia Judiciária Civil (PJC) informou que o inquérito policial ainda não está concluído, devido o motorista ainda estar internado. O Hospital São Mateus não divulgou o estado de saúde do Eduardo Nilson.

 

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