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Nacional Sexta-feira, 18 de Outubro de 2013, 10:17 - A | A

Sexta-feira, 18 de Outubro de 2013, 10h:17 - A | A

'Foi uma brincadeira"

Vereador dança funk com professores na Câmara e vídeo cai na web

Político de Goiânia diz não ter ofendido ninguém: 'Foi uma brincadeira'.

do G1 GO

O vídeo do vereador Elias Vaz (PSB) dançando funk com professores grevistas no plenário da Câmara de Vereadores de Goiânia está causando polêmica. “Não acho que ofendi ninguém. Tudo não passou de uma brincadeira”, afirmou ao G1 o político. Presidente da Casa, Clécio Alves criticou o ato e disse que vai entrar com representação por quebra de decoro parlamentar no Comitê de Ética.

Nas imagens, Elias Vaz aparece rodeado por professores do município, que estão em greve e ocuparam a Casa há dez dias. O vereador conta que estava conversando com dois jornalistas na porta do plenário quando os manifestantes o chamaram, na última terça-feira (15.10). O grupo comemorava o avanço nas negociações.

“O pessoal me puxou, me levou para o meio, começaram a falar meu nome. Entrei na brincadeira. Se quisesse resistir, eu poderia. Mas não quis, porque apoio a luta dos professores e havia um clima de alegria. Era um momento de comemoração pela expectativa de a prefeitura aceitar as reivindicações dos professores”, explicou.

O vereador afirmou que nunca tinha dançado funk. “Eu fiz a dança de forma atrapalhada. Eu nunca tinha dançado antes, não é meu estilo de música. O pessoal falou de descer até o chão e eu tentei”, brinca.

A atitude de Elias Vaz é condenada pelo presidente da Câmara de Vereadores, Clécio Alves (PMDB). “Vejo [o vídeo] com tristeza, decepção. Para mim é uma situação lamentável, inadmissível, incompreensível e imoral”, ressaltou. Para o político: “Brincadeira tem hora e limite. Falar que estava brincando não me convence”.

O presidente da Casa afirma que o ato de Elias Vaz deve ser punido. “Eu mesmo vou entrar com uma representação no Conselho de Ética da Câmara contra o vereador por falta de ética e de decoro parlamentar. É uma falta de respeito ao Poder Público”, adianta.

Invasão - Os professores do município estão em greve desde o dia 25 de setembro. No último dia 8, eles invadiram o plenário da Câmara de Vereadores de Goiânia, onde permanecem acampados.

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) determinou a reintegração de posse do local, no dia 9. No entanto, o comando grevista não foi notificado da decisão porque o oficial de Justiça prefiriu não entrar na plenário.

Clécio Alves afirma que os professores devem deixar o plenário. “Não podemos mais aceitar a invasão. Temos que trabalhar”, ponderou o político.

Elias Vaz ressalta que a ocupação é um "ato simbólico" e os professores estão preservando o local. Para o vereador, " o mais preocupante é a ausência de aula".

Greve - Os professores da rede municipal de ensino reivindicam o benefício de transporte no valor de R$ 320 para todos os professores e auxiliares educativos. A categoria quer o fim do parcelamento da data-base, que representa a reposição salarial por perdas inflacionárias. No total, são 24 reivindicações.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, a paralisação prejudica mais de 70 mil alunos, pois 59% das escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei) estão sem aulas.

Em 28 de setembro, a desembargadora do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) Beatriz Figueiredo Franco determinou a suspensão da greve dos servidores municipais da Educação, em Goiânia. Por meio de liminar, ela pediu a retomada das aulas.

Confira o vídeo:

http://g1.globo.com/videos/goias/t/todos-os-videos/v/vereador-danca-funk-com-professores-na-camara-e-video-cai-na-web-em-goiania/2896745/

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