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Nacional Terça-feira, 28 de Agosto de 2012, 11:47 - A | A

Terça-feira, 28 de Agosto de 2012, 11h:47 - A | A

Aluna vira alvo ao expor escola em rede social

Porta sem maçaneta, fios desencapados, carteiras quebradas e ventiladores que dão choque. Isadora Fabe

Estadão

 

Porta sem maçaneta, fios desencapados, carteiras quebradas e ventiladores que dão choque. Isadora Faber, de 13 anos, não imaginava que a ideia de postar as fotos de sua escola na internet causaria tamanha repercussão.

"Eu sempre reclamei, mas nunca adiantou. Pensei que publicar poderia fazer com que a prefeitura se sensibilizasse. Mas não tinha noção do que estava por vir", diz a aluna da 7.ª série, de voz tímida e dedos muito afiados.

Em pouco mais de um mês, a página Diário de Classe, que Isadora criou no Facebook, recebeu até ontem quase 30 mil "curtir" e cada uma das publicações tem dezenas de comentários elogiosos à guria que não teve medo de mostrar a situação da Escola Básica Municipal Maria Tomázia Coelho, em Florianópolis.

Mas o apoio é de desconhecidos. Dentro da escola onde ela estuda há mais de sete anos, desde o início do ensino fundamental, a iniciativa tem sido duramente criticada. Muitos amigos se afastaram e os professores consideram um absurdo. Talvez por eles também serem vítimas.

Ao lado da foto do vidro quebrado da fachada do prédio, está o vídeo que mostra a desordem na aula de matemática. Também há comentários sobre o fraco desempenho dos professores auxiliares. "Quando temos aulas com auxiliares, elas dão um texto e uma pergunta e é sempre isso, acho que o tempo poderia ser melhor aproveitado", publicou.

Com mensagens tão diretas, não dava para esperar que os professores apenas ignorassem a página. A reação já começou. Num comentário, uma das professoras perguntou onde estava a menina meiga que visitava muito a biblioteca e pediu que aluna deixasse de trilhar caminhos obscuros ou teria um futuro triste.

Numa publicação de sexta-feira passada, Isadora conta que a professora de português decidiu falar sobre política e internet e ensinou que "ninguém podia falar da vida dos professores". Ontem, segundo Isadora, a professora pediu desculpas depois que seu pai procurou a direção da escola. Mas não dá para esperar que as coisas se acalmem. Quem mexe com todo mundo tem de aguentar as consequências, teria sinalizado a diretora da escola, depois que a menina não cedeu aos apelos de tirar a página do ar.

Retaguarda

Apoio em casa não tem faltado. "Ela levantou uma bandeira muito forte, a da educação, e isso nunca pode ser podado", diz a mãe, Mel Faber.

Assim que a página foi criada, Mel foi convocada à escola e avisada: era melhor tirar essa ideia da cabeça da menina antes que ela começasse a sofrer ameaças ou até fosse presa. "Fui taxativa no meu não. Minha filha quer é o que é dela por direito."

Agora, com a fama repentina, o apoio vem mesclado a conselhos: "Eu digo que, agora que ela se tornou uma pessoa pública, tudo o que escreve é uma responsabilidade para a vida toda", conta a mãe.

Isadora sabe disso e diz que a repercussão não a fez abrir mão de sua principal meta: "Mostrar a verdade sobre as escolas públicas". Tanto que já abriu sua página a participações externas: alunos de outras instituições estão convidados a enviar fotos dos problemas de infraestrutura.

Na escola de Isadora, apesar da polêmica, as coisas melhoraram: algumas fechaduras e uma porta foram trocadas e os fios que davam choque foram consertados.

A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis disse que dará seu posicionamento apenas após uma reunião agendada para hoje com a secretária de Educação e a diretora da escola. O objetivo é checar o que procede e o que não procede nas postagens.

 

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José Carlos Teodoro 28/08/2012

Garota de coragem... Espero que nossos futuros vereadores tenham a mesma visão da Isadora Faber e lutem por melhorias para as escolas, Policlinicas e Unidades de Saúde, Hospital e Pronto Socorro Municipal de nossa querida Várzea Grande... Que os nossos vereadores preocupem-se com os bairros menos favorecidos, que o saneamento básico e área de lazer seja uma realidade nos bairros, que o policiamento seja ostensivo em todos os bairro... enfim, que ao invés de ficar distribuindo caixão para os pobres (papel que é de responsábilidade da assistente social do PS e da Prefeitura), vão fazer o que tem que ser feito pela cidade.

 

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toque pandeiro de norte a sul 28/08/2012

A culpa pela escola permanecer sem reformas é da prefeitura, mas como os brasileiros (menores de idade), são orientados a pensar que não detêm a responsabilidade pelos seus atos eles continuaram a quebrar fechaduras, portas, janelas ventiladores, etc. Louvável a coragem da menina em tornar pública uma coisa dessas, pela atitude dela com certeza não faz parte de alunos que praticam vandalismo contra o patrimônio.

 

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2 comentários

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