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Cidades Sexta-feira, 04 de Setembro de 2015, 08:28 - A | A

Sexta-feira, 04 de Setembro de 2015, 08h:28 - A | A

Paralisação

Greve do INSS entra no 60º dia em MT com agências fechadas ao público

Na quarta-feira (2), os grevistas decidiram em assembleia continuar a greve

G1.com

Pela segunda vez, a dona de casa Helena Lopes de Souza foi até a agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Rondonópolis, a 218 quilômetros de Cuiabá, nesta semana tentar um atendimento. A filha Ana Vitória, de 8 meses, tem síndrome de Down e tem que passar pela perícia para conseguir um benefício que ajudaria a complementar a renda da família.

"Eu preciso desse dinheiro. Trabalhava e agora não estou mais trabalhando porque tem que cuidar dela, que é especial", disse Helena.

Na agência do município, que tem um total de 16 servidores, apenas dois peritos estavam atendendo a população dos municípios circunvizinhos na região sul de Mato Grosso. No entanto, nesta semana, eles também resolveram aderir à greve na próxima semana, que teve início no dia 7 de julho em todo o país e completa 60 dias nesta sexta-feira (3).

Em Mato Grosso, o INSS conta com 600 servidores ativos, mas, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Seguridade, Trabalho e Previdência Social (Sindsprev-MT), Cleones Celestino Batista, a maioria aderiu à greve.

Os agendamentos para perícia já estavam sendo marcados para janeiro. Com a greve, agendar um atendimento pode demorar ainda mais. "O que gerou a greve foi essa fila, esse descaso do governo de tentar resolver o problema das agências", afirmou a servidora do INSS Michelle Casali do Amaral.

Valnir Tercilia Souza, de 60 anos, é aposentada e torce para que se chegue a um acordo logo. "Tenho mais uma conta que apareceu de cinco anos atrás. Tenho que pegar os papéis aqui para apresentar nesse outro banco que me mandou essa conta. Preciso do INSS aberto", comenta.

De acordo com o presidente do Sindsprev, são quatro as principais reivindicações da categoria. Os servidores querem mais vagas oferecidas em concurso público; melhoria nas condições de trabalho; equiparação salarial entre aposentados, ativos e pensionistas, plano de carreira e incorporação das gratificações à base salarial e jornada de 30 horas de trabalho semanais.

Ele informou ainda que o governo federal descontou do salário dos grevistas os 23 dias não trabalhados em julho, que seria recebido no dia 1º de setembro. “Todos os servidores em greve estão sem receber salário. Alguns servidores receberam apenas R$ 200 e outros ficaram até com saldo negativo, já que há descontos em folha, como plano de saúde”, comenta.

A assessoria da presidência da República informou que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que 60% dos servidores retornem ao trabalho nas agências enquanto durar a greve. Disse também que cabe ao INSS fiscalizar o cumprimento da decisão.

Uma reunião com representantes do governo federal foi realizada na segunda-feira em Brasília, mas não houve acordo.

No estado, são três Agências da Previdência Social (APS) em Cuiabá, uma em Várzea Grande e mais 33 no interior. A agência de Várzea Grande e duas de Cuiabá, nos bairros CPA e Coxipó, estão fechadas desde o início da greve em julho.

Já a agência que fica no centro de Cuiabá, na Avenida Getúlio Vargas, parou de funcionar há 30 dias, informou o sindicato da categoria. No prédio dessa agência, estão funcionando apenas a gerência - parte administrativa como logística, recursos humanos, departamento financeiro - e a Agência de Demandas Judiciais – que analisa os processos judiciais.

Na última terça-feira (1º), os grevistas sentaram na frente da agência no centro de Cuiabá e impediram a entrada no prédio pela manhã. Na quarta-feira (2), o comando de greve regional no estado decidiu por continuar com a greve e, na quinta-feira (3), representantes nacionais dos servidores se reuniram em Plenária Livre Nacional em Brasília para informar que a greve deve continuar nas agências do país.

Apesar da comunicação de que haverá concurso público para a contratação de novos servidores, o presidente do Sindsprev acredita que o número de vagas que serão divulgados pelo governo será insuficiente. “Sabemos que são poucas vagas. Para Mato Grosso, precisaríamos de 500 vagas e estão falando que serão abertas 950 para o Brasil inteiro”, disse.

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