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Política Quarta-feira, 08 de Julho de 2015, 08:15 - A | A

Quarta-feira, 08 de Julho de 2015, 08h:15 - A | A

Lava Jato

Desvio de dinheiro na Petrobras pode ser maior que estimado

Sobrepreço chega a R$ 648 milhões só em unidades da Abreu e Lima

G1.com

Os investigadores da Lava Jato concluíram que o prejuízo com a roubalheira na Petrobras é maior do que a própria estatal estimou. Eles analisaram as contas de uma das obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

O laudo da Polícia Federal, que é o resultado de três meses de análise em extratos, movimentações financeiras e correspondências eletrônicas, aponta sobrepreço de R$ 648 milhões somente no contrato de montagem, construção, fornecimento de suprimentos e aditivos de unidades da Abreu e Lima.

Segundo os investigadores, nessa obra, o sobrepreço chegou a 16% do contrato, mais que os 3% estimados pela Petrobras e por delatores da Operação Lava Jato. Os investigadores analisaram a quantia que o consórcio da obra pagava a fornecedores e o valor que era cobrado da Petrobras. Para alguns suprimentos, o preço é 1.600% superior.

O contrato dessas obras está a cargo de um consórcio liderado pela Camargo Corrêa. Os policiais federais encontraram também repasses de R$ 126 milhões do consórcio a empresas suspeitas de lavagem de dinheiro.

Na lista estão 31 empresas. Entre elas, a JD - Assessoria e Consultoria, do ex-ministro José Dirceu, e a Costa Global, do ex-diretor Paulo Roberto Costa.

A JD recebeu R$ 844 mil entre maio de 2010 e fevereiro de 2011. O dinheiro foi pago pela Camargo Corrêa. A Costa Global recebeu R$ 2,8 milhões entre outubro de 2012 e dezembro de 2013.

O contrato da refinaria Abreu e Lima foi assinado em 2009, época em que Paulo Roberto era diretor da Petrobras.

Um email mostra a conversa entre Paulo Roberto e um dirigente da Camargo Corrêa, confirmando que, pelo menos, parte do repasse para a Costa Global veio do contrato da refinaria Abreu e Lima.

De acordo com o laudo, parte dos valores que o consórcio entregava para as empresas suspeitas de lavagem era repassada para políticos e partidos.

O consórcio responsável pelas obras negou a acusação de sobrepreço.

A defesa de José Dirceu disse que o ex-ministro foi contratado pela Camargo Corrêa para atuar no exterior e que já apresentou à Justiça cópias do contrato e das notas fiscais.

O advogado de Paulo Roberto Costa disse que só vai se manifestar depois de ter acesso aos documentos e que a empresa Costa Global começou a funcionar depois que Paulo Roberto saiu da Petrobras.

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