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A juíza da 7ª Vara Criminal, Selma Rosane Santos Arruda, interroga nesta terça-feira (09.08) três delatores da Operação Sodoma: João Batista Rosa, Frederico Muller Coutinho e Filinto Muller. Eles foram arrolados pelo Ministério Público do Estado como testemunhas acusatória.
A primeira fase da Sodoma investiga desvio de recursos públicos do Estado, por meio de concessão de incentivos fiscais fraudulentos no Prodeic. Já as fases "II e III" da “Operação Sodoma” investiga esquema chefiado pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) quanto a pagamento de propina por parte de empresários que firmavam contrato com o Governo do Estado em sua gestão.
Os delatores irão depor sobre envolvimento dos ex-secretários estaduais: Pedro Elias, César Zílio, Rodrigo Barbosa e Silvio Correa nas fraudes relacionadas à Sodoma.
Atualizada 14h11 - Silval acabou de chegar, mas depois de conversar com o advogado de defesa preferiu não assistir a audiência.
Atualizada 14h30 - Filinto Müller Coutinho foi o primeiro a ser ouvido. À Justiça, ele disse que foi feita uma transação financeira de R$ 500 mil, repassada a Francisco Lima, em outubro de 2012.
Filinto afirmou que sente vergonha de ter participado do esquema de lavagem de dinheiro, e que hoje se arrepende. Disse que sabia que Silval, Chico Lima e Silvio faziam parte de uma esquema grande, mas não tinha dimensão do esquema é nem as demais pessoas envolvidas.
Ele também disse não ter conhecimento da ligação de Chico Lima com o terreno de César Zilio, constante na operação Sodoma, e nem de qualquer ligação com imputados a Rodrigo Barbosa. Negou se lembrar de pagar contas pessoais de Silval ou familiares dele, e muito menos realizado pagamento feito direto para o governador.
Atualizada 15h25 - Encerra oitiva de Filinto. Será ouvido agora Frederico Muller.
Atualizada 15h35 - Frederico disse que começaram a pagar as contas pessoais de Chico Lima em 2013, que por descuido eles passaram 90 mil a mais a Lima. Eles cobraram o valor de Chico, mas ele alegou que não poderia pagar algo que não era somente dele e evitou assinar promissória relacionado a dívida. Na época, segundo Frederico, Lima declarou que representava o grupo político de Silval Barbosa.
Muller disse que começou a desconfiar de Lima a partir do momento em que ele se recusou assinar recibos relacionados aos cheques depositado em sua empresa.
Ainda, declarou que não entende que participou da lavagem de dinheiro, e que ele só tomou conhecimento quando foi notificado pelo Ministério Público. Após isso, assinou acordo de delação premiada e falou do esquema relacionado ao pagamento dos cheques no valor total de R$ 500 mil.
"Conheço Chico Lima e uma pessoa boa. E uma infelicidade o que aconteceu" diz.
Atualizada 16h19 - Encerrado depoimento de Frederico Muller. A juíza Selma Rosane acatou pedido da defesa de Marcel de Cursi e determinou que não seja mais realizada a imagem dos réus durante as audiências.
A magistrada transferiu o depoimento de delator João Batista Rosa para o dia 17 de agosto.
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