A reportagem do VG Notícias recebeu denúncia que estelionatários estariam usando nomes de políticos de Mato Grosso para aplicar o golpe do “envelope vazio” em Cuiabá, Várzea Grande e em cidades de outros Estados.
De acordo com a denúncia, o golpe é realizado por meio de compras no Websites das empresas. O estelionatário, usando nome falso, diz que irá efetuar o pagamento por meio de depósito bancário, procedimento considerado normal por parte da classe empresarial.
O “falsário” então passa para a segunda etapa do golpe, deposita um envelope vazio na agência bancária, fora do horário de expediente bancário, com um suposto valor. O depósito aparece na conta da vítima, mas ainda bloqueado (ou "sujeito a conferência").
O estelionatário, mostrando-se desesperado liga para a empresa e comunica que seu funcionário efetuou um pagamento acima do valor da suposta compra. O golpista pede que a empresa deposite o dinheiro, supostamente pago indevidamente, em uma determinada conta, fato que a empresa realiza na busca de não lesar o suposto cliente. Porém, no final, a empresa descobre que ela foi lesada.
Conforme a denúncia, o golpe do “envelope vazio” só dá certo porque os estelionatários utilizam a “fragilidade” do sistema bancário do Bradesco que demora a atualizar os dados referentes a saldos e extratos. Ao depositar o envelope vazio na agência bancária, o sistema acusa que o dinheiro está na conta da empresa. A atualização do sistema bancário, dizendo que não há dinheiro, é feita no dia seguinte, após os estelionatários já terem finalizado o golpe.
Ainda de acordo com a denúncia, o golpe, que estaria sendo aplicado por quadrilhas de Mato Grosso foi dado em Piracicaba, cidade no interior de São Paulo. No golpe, os “falsários” utilizaram o nome do ex-deputado e hoje atual prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta, e o de sua empresa, o “Grupo Vanguarda”. No golpe a empresa paulista sofreu um prejuízo de R$ 5 mil.
Ao VG Notícias, a assessoria da Polícia Civil informou que o golpe é realizado há muitos anos em Mato Grosso, mas que nunca foi registrado nenhum caso com nome de políticos, como é o caso de Pivetta.
“O golpe já é bastante comum, mas nunca registramos um que tenha sido utilizado o nome de figuras públicas, como políticos”, declarou a assessoria.
A assessoria ainda informou que todos os casos que são registrados no Estado são investigados e identificando os autores, eles são presos e podem pegar pena que varia de um a cinco anos de reclusão, além de pagar multa.
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