O manifesto no Terminal André Maggi, em Várzea Grande, contra a nova forma de cobrança de tarifa nos coletivos municipais acabou em vandalismo. A vereadora do PHS, Miriam Pinheiro, já havia denunciado na tribuna da Câmara, na sessão de quarta-feira (27.11) que os passageiros estavam revoltados com a cobrança, que segundo ela, estava ilegal. Miriam havia prometido ir pessoalmente ao terminal, verificar se a denúnica procedia ou não. No entanto, desde o início da semana estava sendo articulada uma manifestação no local e acabou em depredação.
Os manifestantes depredaram e colocaram fogo no terminal de ônibus, que recentemente passou por uma reforma e custou cerca de R$ 120 mil - despesa arcada pela empresa concessionária do transporte público de Várzea Grande, União Transportes.
Em entrevista ao VG Notícias, o tenente-coronel Wilker Sodré, do 4º batalhão da Polícia Militar, disse que toda a manifestação foi filmada e que cada depredador será identificado e responsabilizado pelo vandalismo.
"Tudo que ocorreu no terminal desde o início foi filmado e todos serão identificadoe responsabilizados pelo ato", disse Wilker.
Ao lado de fora do terminal, um pelotão de choque tentava conter os manifestantes que permaneciam no local. Ainda segundo Wilker, pelo menos 20 pessoas foram detidas e encaminhadas à Central de Flagrantes do município.
Os "rebeldes" estavam com capuz na cabeça e com pedaços de pau, que os ajudaram a destruir o local, arrancando catracas e assentos. Os usuários do transporte coletivo municipal, que se encontravam no local na hora do vandalismo, saíram correndo, o que ocasionou tumulto no entorno do Terminal.
A reportagem do VG Notícias esteve "in loco" no terminal e pode constatar um verdadeiro "campo de guerra". Estudantes menores de idade em meio a confusão, correndo risco de ser ferido e até uma situação mais drástica.
Otávio Júnior e Jonas Silva, passageiros do transporte coletivo, disseram à reportagem do VG Notícias, que o tumulto começou por conta da cobrança da tarifa e o uso obrigatório do cartão de integração. Segundo eles, o passageiro paga em dinheiro no bairro, quando chega ao terminal para embarcar à Capital tem que pagar novamente – por não possuírem o cartão que dá direito a integração do transporte municipal ao intermunicipal.
“Este é o único jeito dos governantes olharem pela população, quando mexe no bolso deles. Ninguém faz nada. Isso daqui para eles não custa nada, não vão gastar nem R$ 10 a R$ 15 mil para consertar. Enquanto os passageiros sofrem todos os dias”, desabafam.
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