Levantamento realizado por equipe da Secretaria de Assistência Social de Várzea Grande apontou que atualmente há no município 73 moradores de rua, destes, 43 são homens e 30 são mulheres. Vale destacar que o número refere apenas aos andarilhos - pessoas que moram nas ruas -, não faz parte na contagem os dependentes químicos - que ficam nas ruas.
De acordo com o secretário de Assistência Social, Mariuso Damião, para inserir novamente os andarilhos na vida social, o município fez adesão a dois serviços de assistência social: implantação do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centros Pop), e o Serviço de Acolhimento.
Em entrevista ao VG Notícias, Mariuso explicou que por mês serão destinados, via governo federal, R$ 19,5 mil para a Assistência Social de Várzea Grande implantar os serviços no município - e ressocializar os moradores de rua da cidade. Deste valor, R$ 13 mil será aplicado no Centro Pop e R$ 6,5 mil para o acolhimento destes moradores.
O Centro POP é voltado especificamente, para o atendimento especializado à população em situação de rua, devendo ofertar, obrigatoriamente, o Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Centro POP representa espaço de referência para o convívio grupal, social e para o desenvolvimento de relações de solidariedade, afetividade e respeito.
Mariuso explicou que primeiro é feito uma triagem, após, o morador receberá os cuidados necessários para uma boa higiene pessoal (banho, corte de cabelo, barba, entre outros), em seguida o andarilho será ouvido por um assistente social ou psicólogo e finalmente, será ressocializado.
Ainda, segundo o secretário, a triagem servirá para identificar o tipo de morador de rua, se ele tem família na região, se tem família fora do Estado ou se não tem nenhum familiar.
“Será feita uma triagem com os moradores de rua, para identificar se eles possuem parentes na região, caso tenha, iremos encaminhá-lo a seus familiares. Também será feito contato com aqueles que possuem familiares fora do Estado, e caso seja positivo, a Assistência Social arcará inclusive com a passagem para este andarilho retornar ao seu lar. No caso daqueles que não possuem família serão encaminhados para o Centro Pop” explicou.
O secretário disse que procura um local amplo para instalar o Centro Pop – o local deve comportar duas alas, sendo uma ala masculina e uma ala feminina. Ele ainda destacou que os usuários de droga também podem vir a ser recolhidos, porém, serão encaminhados para o CAPs (Centro de Atenção Psicossocial).
Os acolhidos serão obrigados a se matricularem no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), para serem capacitados e então inseridos no mercado de trabalho.
A capacidade de acolhimento neste primeiro momento será de 25 pessoas. O recurso está previsto para cair na conta até final de agosto, somente com o recurso em mãos é que poderá dar sequência ao projeto. A equipe será composta por dois psicólogos, dois assistentes sociais e oito cuidadores.
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