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Fatos de Brasília Sábado, 09 de Março de 2024, 09:55 - A | A

Sábado, 09 de Março de 2024, 09h:55 - A | A

no dia da mulher

Senadora tem carro leiloado para pagar dívida com partido

O carro da senadora Leila Barros (PDT-DF) foi arrematado nesta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher

Carlos Oliveira/Fatos de Brasília

O carro pertencente à senadora Leila Barros (PDT-DF) foi leiloado nessa sexta-feira (08.03), conforme determinado pela Justiça. A ação judicial, foi proposta pelo PSB em julho de 2021, subsequente à desfiliação de Leila. O partido requisita o pagamento de valores não recolhidos referentes à contribuição financeira mensal, obrigatória para filiados segundo o estatuto partidário.

O Estatuto do PSB prevê que os parlamentares devem repassar 10% do rendimento bruto ao partido. O partido alegou que a senadora não pagou R$ 3.376,30 por mês, entre março de 2019 e junho de 2021, o que levou a uma dívida de R$ 102,4 mil.

O veículo, um Chevrolet Tracker 2015/2016, foi avaliado pelos leiloeiros por R$ 70,3 mil, com 92.733 quilômetros. O carro recebeu 21 lances e foi arrematado por um valor bem abaixo do preço de mercado.

Em agosto de 2021, Leila deixou o PSB e ingressou no Cidadania. Em março de 2022, a senadora se filiou ao PDT. Atualmente, ela exerce a função de presidente do Diretório Regional do PDT no Distrito Federal.

Em uma nota, a senadora expressou seu desacordo com a medida e destacou o infortúnio de o evento ter ocorrido no Dia Internacional da Mulher.

Leia a nota na íntegra:

“Hoje, em respeito à decisão da Justiça, meu carro foi leiloado e arrematado a pedido do meu antigo partido, o PSB. É simbólico que o desfecho de uma cobrança injusta de parte de meu salário tenha ocorrido no Dia Internacional da Mulher.

Ficam evidentes os desafios que nós mulheres enfrentamos também na política, especialmente ao tomar decisões que confrontam lideranças masculinas e suas posições machistas. Reitero que minha decisão de deixar o PSB foi política, e não pessoal.

Embora respeite e obedeça a decisão judicial e o resultado do leilão, não posso concordar com uma conduta que vai contra as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, que já determinou que partidos podem exigir parte dos salários de filiados com mandatos, mas não podem punir quem recusa essa contribuição compulsória.

O lado positivo dessa situação é evidenciar que minha vida é bem diferente do imaginário de que os políticos circulam em carros de luxo pela cidade. O carro leiloado é comum, fabricado em 2015, e atendia perfeitamente às necessidades da minha família.

Seguirei dialogando com as lideranças do PSB com as quais tenho afinidade e compartilho de ideias para transformar a vida dos brasilienses. No futuro, partidos como o PDT, que hoje presido no DF, podem unir forças em benefício da população do Distrito Federal, tão negligenciada pelo atual governo”.

 

 

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