O senador Jayme Campos (União-MT) defendeu na sessão Plenária desta terça-feira (19.03), a ampliação de aquisições de alimentos da agricultura familiar para abastecer prioritariamente os estoques estratégicos da União. A declaração foi durante discurso em defesa do Projeto de Lei 2.500/2022, de sua autoria, em tramitação na Câmara dos Deputados.
“Que os produtos dos pequenos produtores possam ser direcionados não só nas escolas e creche como ocorre atualmente, mas também para hospitais públicos, estabelecimentos das forças armadas, unidades prisionais e redes de assistência social”, declarou o senador.
Segundo o senador, trata-se de uma proposta que não provoca nenhum aumento no impacto fiscal e nem afeta as diretrizes do orçamento da União.
Ao cobrar a conclusão do trâmite legislativo, o senador enfatizou que o setor representa 77% de todas as propriedades rurais do país. Ele destaca a produção de cerca de 70% do feijão, 34% do arroz, 87% da mandioca, 60% da produção de leite e 59% do rebanho suíno. “São produtores de cunho sustentável que ajudam a fortalecer a economia local.”
AGRICULTURA INDÍGENA
O senador Jayme Campos também fez um relato aos demais senadores da visita que fez a Terra Indígena Umutina, em Tangará da Serra, região do médio Norte de Mato Grosso. Na ocasião, os indígenas receberam duas camionetes – adquiridas com recursos de emenda orçamentária – para uso no transporte de produção. Os indígenas produzem, entre outros, mandioca, arroz, feijão, café, goiaba e milho verde.
“Eles pedem oportunidade. Não querem viver mais sob a tutela da Funai. Sobretudo, o que se percebe e que eles querem produzir. Eles querem ter automóvel, querem ter ar-condicionado, querem ter internet”, observou o senador.
O senador destacou ainda, que os indígenas querem também transformar aquela reserva para o ecoturismo devido as grandes potencialidades naturais. O pedido foi feito há 3 anos a Funai e segue sem resposta.
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