O volante do Cuiabá Esporte Clube, Denilson, negou ter proferido ofensas racistas contra o atacante do Botafogo-SP, Alexandre de Jesus, durante a partida realizada na noite dessa segunda-feira (30.06), que terminou com vitória paulista por 1 a 0, na Arena Pantanal, em Cuiabá.
Ao fim do primeiro tempo, jogadores das duas equipes quase se envolveram em uma briga após a acusação. Na súmula da partida, o árbitro Lucas Casagrande (PR) relatou que Alexandre afirmou ter sido chamado de "macaco" por Denilson.
Segundo o árbitro, nenhum membro da equipe de arbitragem ouviu ou presenciou o suposto insulto. Ainda assim, Casagrande seguiu o protocolo antirracismo e, no meio da confusão, cruzou os braços em “X” na altura do peito, gesto utilizado para denunciar possíveis atos discriminatórios.
Em contrapartida, Denilson usou as redes sociais ainda na noite de ontem para negar a acusação e repudiar qualquer atitude racista. No pronunciamento, o volante afirmou não compactuar com preconceitos e ressaltou sua própria trajetória de vida.
"Venho aqui deixar claro que não xinguei ninguém durante o jogo. Sou negro, nordestino e filho de família simples. Repudio e não compactuo com qualquer tipo de preconceito ou discriminação. Sou também um ativista contra o racismo. Enfim, sigo focado em ajudar minha equipe em busca dos nossos melhores objetivos!", escreveu.
O técnico do Cuiabá, Guto Ferreira, também se manifestou e afirmou que, como a arbitragem não viu e as câmeras não registraram, “fica a palavra deles contra a palavra nossa”.
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