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Economia Terça-feira, 23 de Setembro de 2025, 08:47 - A | A

Terça-feira, 23 de Setembro de 2025, 08h:47 - A | A

SAF:

Brasil inicia produção industrial de querosene sustentável para aviões

Petrobras produz SAF em escala industrial e reduz pegada de carbono

Lucione Nazareth/VGN

A aviação brasileira entrou na era do baixo carbono. Pela primeira vez, o país produziu em escala industrial querosene de aviação com componente renovável, conhecido como SAF (Sustainable Aviation Fuel), capaz de reduzir a pegada de carbono das aeronaves e contribuir para metas globais de neutralidade até 2050. A produção nacional do SAF reforça o papel do Brasil no esforço internacional de reduzir emissões e fortalece a competitividade do setor aéreo.

A Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP), é o local da primeira produção industrial de SAF. O combustível é obtido a partir de matérias-primas renováveis, como óleos vegetais, resíduos gordurosos e etanol, e pode ser usado em aeronaves sem necessidade de adaptações nos motores ou na infraestrutura existente, sendo misturado ao querosene convencional em diferentes proporções. Ao longo de seu ciclo de vida, o SAF reduz significativamente as emissões de gases de efeito estufa, do processo de produção ao uso final.

A iniciativa está alinhada às metas da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), que busca alcançar emissões líquidas zero na aviação internacional até 2050, por meio do programa CORSIA, de compensação e redução de carbono. No Brasil, a produção de SAF também integra a política nacional de descarbonização do setor aéreo, regulamentada pela Lei do Combustível do Futuro.

A produção industrial na Revap marca o início de uma nova cadeia produtiva, com potencial de integrar bioenergia, agronegócio, indústria química, pesquisa e inovação tecnológica. O combustível sustentável deve atrair investimentos de companhias aéreas e refinarias, consolidando o país como protagonista do setor e garantindo competitividade em rotas internacionais que exigem padrões ambientais cada vez mais rigorosos.

Testes realizados pela Petrobras incorporaram óleo vegetal ao processo tradicional de produção do querosene de aviação, alcançando até 1,2% de componente renovável. O resultado representa uma redução relevante da pegada de carbono, sem necessidade de grandes investimentos ou alterações na infraestrutura existente. Antes da comercialização, o produto passará por certificação que comprove oficialmente a redução das emissões.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) será responsável por assegurar que o SAF produzido no Brasil atenda a padrões internacionais de segurança, qualidade e sustentabilidade, garantindo rastreabilidade e transparência nas reduções de carbono.

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