Durante a abertura do ForestFire – Congresso Internacional de Gestão de Incêndios Florestais, realizado nesta segunda-feira (16.06) em Cuiabá, o comandante do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso (CBMMT), coronel Flávio Gledson, destacou a importância da atuação integrada entre instituições públicas, produtores rurais e pesquisadores para prevenir e combater os incêndios florestais, especialmente durante a temporada de seca no Estado.
Com 60% do território coberto por vegetação nativa, Mato Grosso tem investido em ferramentas tecnológicas e parcerias estratégicas que permitem uma resposta mais rápida aos focos de incêndio. Um dos principais exemplos é o sistema Sicraif – Sistema Integrado de Cadastro de Recursos para Apoio aos Incêndios Florestais, que mapeia recursos disponíveis no campo.
Por meio do sistema, mais de 50 aeronaves, 1.700 brigadistas e 1.300 caminhões-pipa já foram cadastrados por produtores rurais. A proposta é acionar os recursos mais próximos assim que um foco de incêndio é identificado.
“Se o fogo começar próximo a uma fazenda, o gerente poderá utilizar os equipamentos cadastrados imediatamente. Essa resposta rápida é fundamental para evitar que pequenos focos se tornem grandes incêndios”, explicou o comandante.
No Pantanal, uma das regiões mais vulneráveis, o Estado também criou uma sala de situação exclusiva, com monitoramento contínuo e 28 máquinas da Companhia Mato-grossense de Mineração (Cifra) destinadas à abertura de aceiros – barreiras que impedem a propagação do fogo.
Segundo o coronel Flávio, a experiência de Mato Grosso está sendo apresentada a especialistas nacionais e internacionais como exemplo de que é possível aliar produção com preservação ambiental.
“Precisamos mostrar que aqui a gente produz mantendo a floresta de pé. O trabalho conjunto entre Corpo de Bombeiros e produtores tem sido essencial na proteção dos nossos biomas”, afirmou Flávio Gledson.
O evento reúne especialistas, bombeiros, pesquisadores e gestores ambientais do Brasil e do exterior para discutir estratégias de prevenção e combate ao fogo, especialmente diante do avanço da temporada de seca no Pantanal.
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