O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) anunciou que vai ampliar o monitoramento das obras em execução no trecho conhecido como Portão do Inferno, na rodovia MT-251, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães. A medida foi informada nesta quarta-feira (30.04) pelo presidente da Corte, conselheiro Sérgio Ricardo, durante uma visita técnica ao local.
Segundo o presidente, o modelo de fiscalização será semelhante ao que vem sendo aplicado nas obras do BRT em Cuiabá, com inspeções quinzenais para acompanhar a execução do projeto. “Estou aqui fazendo uma verificação de como está o andamento da obra, a gente esteve aqui no início e podemos observar que aos poucos ela está caminhando. Não está no ritmo que as pessoas esperam, mas está dentro do planejado. Estamos aqui para esclarecer para a população que vamos acompanhar permanentemente, assim como estamos fazendo com o BRT. De 15 em 15 dias estaremos aqui”, declarou o presidente.
As intervenções na região envolvem o retaludamento do morro, com a retirada de cerca de 30 metros de rocha para a construção de uma nova via. O projeto foi elaborado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) e visa conter os deslizamentos que, desde dezembro de 2023, vêm comprometendo a segurança e o tráfego no local.
Com os deslizamentos, a estrada passou a operar em situação de emergência, com restrições para veículos. A crise afetou diretamente moradores, turistas e comerciantes de Chapada dos Guimarães, principal destino turístico da região. O bloqueio parcial também comprometeu o abastecimento da cidade, com interrupções no transporte de cargas.
Em janeiro deste ano, o TCE-MT coordenou uma inspeção técnica com a participação de órgãos como Defesa Civil, Ministério Público, CREA-MT, ICMBio e UFMT. A principal preocupação à época era garantir a reabertura segura da rodovia para veículos leves, como forma de minimizar os impactos econômicos e sociais provocados pela interdição.
O projeto da obra, orçado em R$ 29,5 milhões, foi autorizado pelo Ibama em junho de 2024. A execução depende de licenças ambientais federais, já que o entorno da estrada faz parte do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. (Com assessoria do TCE/MT).
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