O secretário de Saúde de Várzea Grande, Gonçalo Barros, em entrevista ao No Ar, com o jornalista Geraldo Araújo, na manhã desta quarta-feira (05.04), rebateu as polêmicas e desmentiu a falta de medicamentos nas unidades de saúde do município.
Questionado em relação a um vídeo postado pelo vereador Bruno Rios (PSB), em frente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Ipase, onde ele fala em “tirar a máscara da saúde de Várzea Grande”, e acusa a carência de medicamentos como complexo B, antibióticos, e falta de soro, Barros disse que respeita o Parlamento Legislativo, e sabe que a grande maioria deles [vereadores] são pessoas comprometidas com o interesse da coletividade, então não pode generalizar.
No entanto, Gonçalo disse que teve conhecimento da denúncia, onde apontaram que o município teria doado uma carreta de soro para Cuiabá, e que agora estaria faltando na cidade, Barros declarou que isso não está acontecendo, e que é preciso ter cuidado e responsabilidade com as informações, pois podem gerar instabilidade e prejudicar a população.
“Para se ter uma ideia, temos no estoque disponível para ser visitado, 232 mil bolsas de soro de 100 ml, 32 mil bolsas de 250 ml, 15 mil bolsas de soro de 500 ml e três mil bolsas de soro de 1000 ml. Temos o suficiente para abastecer o município até julho. Emprestamos para Cuiabá, cinco mil bolsas de soro, e seria desumano se não tivéssemos feito isso, é questão de humanidade, saúde pública, somos irmãos e não tem como negar, sabendo que temos”.
O secretário frisou que a Secretaria de Saúde sabe o que está fazendo, tem um planejamento, o que foi fundamental nessa ocasião, ou seja, nesse momento de surto de doenças respiratórias, assim como atender a população da baixada cuiabana e até mesmo de cidades distantes. Gonçalo ressaltou que somente nessa terça (04), foram atendidos nas unidades de saúde de Várzea Grande, seis mil pacientes.
“E também, não basta somente termos disponíveis medicamentos, equipamentos, cirurgias, se não nos preocuparmos e não nos sensibilizarmos com o atendimento desses pacientes. Precisamos de humanização neste momento. Não precisamos de informações distorcidas, essas informações são prejudiciais e nocivas para população”, concluiu Gonçalo.
Indagado se a Secretaria de Saúde tem algum planejamento para capacitar e humanizar seus servidores neste momento, em que a saúde pública tem passado por essas superlotações diárias, o secretário afirmou que é um das preocupações da gestão, a humanização e o respeito no atendimento ao paciente e todos que procuram uma unidade de saúde no município. Nesta quinta-feira (06), vamos ter um curso de capacitação para 150 servidores, entre Pronto-Socorro e das duas UPAs, com o doutor Lacordaire. A nossa preocupação não se limita a ter medicamentos e infraestrutura, temos que ter servidores comprometidos para acolher quem precisa", destacou Gonçalo.
Para Barros, o curso tem como objetivo, habilitar os profissionais para que eles possam ouvir as emoções dos pacientes, exercer atendimento digno e humanizado, desenvolver empatia, autoestima em uma organização como fonte de saúde e bem-estar, motivação para o trabalho e entusiasmo no trabalho como gerador de saúde.
“Será uma capacitação focando no acolhimento, preparando nossos servidores, para um momento oportuno, inclusive nesse caos que estamos sofrendo”, finalizou Gonçalo Barros.
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