O secretário Gonçalo Barros, em entrevista ao , na tarde desta segunda-feira (03.04), afirmou que a capacidade de atendimento na Saúde de Várzea Grande, está no limite, comprometida, devido à superlotação causada primeiramente pelo surto de doenças respiratórias e depois por conta do colapso que está passando Cuiabá.
De acordo com Gonçalo, o município que mais recebe recursos para prestar saúde pública, principalmente, de média e alta complexidade, no Estado é o Capital mato-grossense, e, segundo ele, se ela [Cuiabá] entra em colapso, deixa o caos que vem ocorrendo, e isso é uma situação muito preocupante.
Gonçalo explicou que as unidades de saúde do município estão atendendo em torno de 4.800 pacientes por dia, entre moradores da baixada cuiabana e até mesmo de outros municípios mais distantes.
Conforme Barros, o município já não tem mais condições de absorver essa demanda, pois, a Secretaria fez uma estruturação para atender os 315 mil habitantes de Várzea Grande. “Um exemplo típico, é em relação à compra de soro, que compramos na licitação para abastecer o município até janeiro do ano que vem, mas do jeito que está, esse estoque deve acabar em julho. Já ficamos desfalcados quando emprestamos 5 mil bolsas de soro para o Gabinete de Intervenção, e agora com essa superlotação na cidade, estamos ficando comprometidos”, frisou.
Questionado se os medicamentos emprestados para o Gabinete de Intervenção, no dia 22 de março, não teriam que ter amenizado pelo menos um pouco o caos da saúde em Cuiabá, Gonçalo disse que não, na saúde da Capital faltava tudo.
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Segundo o secretário, ele se reuniu com a equipe do Gabinete de Intervenção, com o governador Mauro Mendes (União) e o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, e eles apresentaram um plano de ação, prometendo resolver de 60 a 70% do atendimento na saúde da Capital, o que irá beneficiar todo o Estado. Indagado se Várzea Grande consegue “segurar” mais esse mês e se existe um “plano B”, e a possibilidade de abertura de um anexo, o secretário enfatizou que o plano A, B, C, D, de Várzea Grande, é que Cuiabá funcione, e não tem como ser diferente.
“Não temos condições para abrir nada, é muito complicado a situação, nós temos estrutura na saúde para atender 315 mil habitantes, e se juntar com Cuiabá da mais de 1 milhão de habitantes, aí mais a baixada cuiabana, aí é humanamente impossível. Não podemos ficar fazendo essa colocação, não podemos colocar a população cuiabana nesse desconforto e nem colocá-los como invasores neste momento. Não é esse o propósito, estamos aqui até onde aguentar e vamos continuar fazendo o nosso serviço”, concluiu Gonçalo Barros.
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