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Cidades Sábado, 10 de Maio de 2025, 08:40 - A | A

Sábado, 10 de Maio de 2025, 08h:40 - A | A

Pesquisa internacional

Amazônia abriga maior população de onças-pintadas do mundo, diz estudo

Estudo estima mais de 6 mil onças-pintadas em áreas protegidas da Amazônia

Rojane Marta/ VGN

A Amazônia brasileira concentra a maior população de onças-pintadas do planeta, de acordo com um estudo publicado na revista Biological Conservation. A pesquisa, que reuniu dados de armadilhas fotográficas em 22 áreas protegidas da região, estima que cerca de 6.389 indivíduos adultos habitam unidades de conservação e terras indígenas, o que representa apenas 2,5% da área total da Amazônia Legal.

O levantamento teve a participação de instituições como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Mamirauá. Os maiores contingentes de onças-pintadas estão concentrados em áreas de várzea e florestas de terra firme com alta produtividade, como as Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã, no Amazonas, e a Estação Ecológica Terra do Meio, no Pará.

A densidade populacional varia bastante entre as áreas analisadas. Em Mamirauá, foram registrados até 9,97 indivíduos por 100 km² — números comparáveis aos do Pantanal, onde há a maior densidade do país. Em contraste, áreas como a Reserva Biológica do Cuieiras, também no Amazonas, registraram menos de uma onça por 100 km².

Apesar dos dados positivos, os pesquisadores alertam que o avanço do desmatamento e da pressão humana no entorno dessas áreas protegidas representa uma ameaça real à sobrevivência do maior felino das Américas. Regiões como o “arco do desmatamento” — que inclui a Terra do Meio e o Parque Nacional do Juruena — enfrentam ameaças como desmate, degradação ambiental e caça de presas naturais da espécie.

O estudo reforça que políticas públicas de proteção, fiscalização e expansão das áreas monitoradas são fundamentais para preservar a onça-pintada, símbolo da fauna brasileira. As áreas analisadas estão entre as mais preservadas da Amazônia, e o investimento contínuo no monitoramento é considerado essencial.

“Um dos aspectos mais importantes do estudo é reforçar que as áreas protegidas e as terras indígenas têm grande capacidade de conservar populações de onça-pintada. Isso precisa ser constantemente lembrado”, afirma Guilherme Alvarenga, primeiro autor do artigo.

Ele também destaca os riscos atuais: “Nos últimos anos, cresceram ameaças como a mineração ilegal e projetos de lei que tentam enfraquecer a proteção dos territórios tradicionais e dos parques. Nesse cenário, valorizar as áreas protegidas se torna ainda mais urgente.”

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