por Rafael Campos*
08 rounds, inúmeros golpes, mais de 01 milhão de novos seguidores no instagram, uma luta que gerou aproximadamente R$ 25 milhões. Whinderson x Popó!
Causando um frenesi desenfreado, o evento gerou comoção e interação até em quem não assistiu. O entretenimento oferecido demonstrou a necessidade latente de novas situações à sociedade. Desbravar, adaptar, inovar. São palavras que resumem a idéia do que foi proporcionado. Players are the new players!
Algumas semanas atrás, recebemos o ilustre Popó e o ídolo brasileiro Ronaldinho Gaúcho em nossa cidade em ações organizadas pelos grandes Mário Carioca e Henrique Gori. Ambos entenderam que os jogadores são os novos jogadores e que quem os domina, tem os desejos da sociedade em suas mãos. Organizar um evento, ofertando entretenimento através da imagem de ídolos mundiais movimentou a economia cuiabana de forma extremamente positiva. Visibilidade para os patrocinadores, geração de empregos temporários, fomento da cultura local, novas relações interpessoais, conquistas pessoais e uma certeza: Players are the new players!
A luta Whinderson x Popó, foi uma aula de marketing, entretenimento, gestão e empreendedorismo. Os envolvidos entenderam que a visibilidade durante um ato isolado é pequena em relação a defender um propósito maior. Entregar à sociedade o propósito de se divertir e se conscientizar através do esporte é a chave da engrenagem para o crescimento do desporto do MT.
O player Cuiabá vem nos trazendo oportunidades econômicas e culturais sonhadas há tempos. E como nosso cenário desportivo tem aproveitado dessas chances? Nosso saudoso Dutrinha que já recebeu Vossa Majestade Pelé, foi reinaugurado sem as pompas devidas. Jogadores com históricos de títulos grandiosos estão sendo trazidos e criticados. A bela Arena Pantanal vem sendo utilizada somente nos 90 minutos de uma partida. Nossos players vêm sendo utilizados apenas de forma isolada, deixando de lado todas as oportunidades que o entretimento pode oferecer.
Acrescento Ronaldo Fenômeno e Marcelo (lateral do Real Madrid) a essa filosofia de pensar no que o mercado necessita e ser/adequar com os players existentes. Ronaldo comprou o clube Cruzeiro-MG, Marcelo o Azuriz-PR (clube que em 03 anos de existência já está na primeira divisão paranaense) e o Mafra-POR. Ambos entenderam seu lugar de destaque no cenário desportivo e usam desta influência para gerar benefícios a sociedade. Como esperado, o furor nas mídias é gigante, demonstrando todo o poder daqueles que sabem que o negócio em que estão inseridos, dependem daqueles que estão jogando. Players are the new players!
Analisando as informações sobre a luta, reflito: Dutrinha, Arena Pantanal, Rodriguinho (ex Corinthians, etc.), André (Ex Santos, Corinthians, Seleção Brasileira, etc.) e os diversos eventos que tem acontecido em nossa cidade, são ou não players com capacidade de gerar ações para conscientizar a população sobre assuntos como pandemia, lei seca, vacinação, etc.? Ações publicitárias utilizando os players adequados em uma capital com todo esse potencial deveriam ou não acontecer com mais frequência? Players are the new players!
Reflexões e analogias de uma filosofia que tende a ser o futuro para que o cenário esportivo no MT, desponte para a primeira prateleira do esporte. E ai, Players are the new players?
*Rafael Campos é sócio-proprietário da BDL Sports, empresa de intermediação de atletas, negócios desportivos e do entretenimento
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