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Política Sexta-feira, 01 de Abril de 2016, 11:23 - A | A

Sexta-feira, 01 de Abril de 2016, 11h:23 - A | A

Nova fase da Operação Lava Jato

Ex-secretário do PT é preso em SP

Ele foi preso como parte da operação, que também teve como alvo o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares

Extra

A operação Lava Jato deflagrou nova fase nesta sexta-feira para aprofundar as investigações sobre esquema de lavagem de dinheiro envolvendo um empréstimo fraudulento de 12 milhões de reais contraído junto ao Banco Schahin supostamente direcionado ao PT, que foi pago com a contratação irregular do grupo Schahin para operador navio-sonda da Petrobras.

O ex-secretário do PT Silvio Pereira foi preso como parte da operação, que também teve como alvo o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, condenado no escândalo do mensalão, de acordo com reportagens.

De acordo com o Ministério Público Federal, agentes da Polícia Federal cumprem mandados de prisões temporárias, busca e apreensão e conduções coercitivas na Grande São Paulo para aprofundar as investigações sobre o empréstimo, que envolvem o pecuarista José Carlos Bumlai, ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Frigorífico Bertin, e o empresário de Santo André (SP) Ronan Maria Pinto, dono de empresa de ônibus na cidade e também preso nesta quinta.

"Durante as investigações da operação Lava Jato, constatou-se que José Carlos Bumlai contraiu um empréstimo fraudulento junto ao Banco Schahin em outubro de 2004 no montante de 12 milhões de reais. O mútuo, na realidade, tinha por finalidade a 'quitação' de dívidas do Partido dos Trabalhadores (PT) e foi pago por intermédio da contratação fraudulenta da Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, pela Petrobras, em 2009, ao custo de 1,6 bilhão de reais", disse o MPF em comunicado.

Bumlai, que foi preso pela Lava Jato em novembro de 2015 quando a operação revelou o esquema de fraude envolvendo o Schachin e a Petrobras, disse aos investigadores da Lava Jato que ao menos 6 milhões de reais do empréstimo fraudulento tiveram como destino o empresário Ronan Maria Pinto, a pedido do PT.

Para viabilizar a transferência dos recursos ao destinatário final, foi montado um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo o empresário, pessoas ligadas ao PT e operadores, de acordo com a investigação. Parte do dinheiro foi para o então acionista controlador do Jornal Diário do Grande ABC em 2004, por indicação de Pinto, que estava comprando o jornal.

"Há evidências que apontam que o Partido dos Trabalhadores influiu diretamente junto ao Banco Schahin na liberação do empréstimo fraudulento", disseram os procuradores da Lava Jato.

A nova operação, intitulada Carbono 14 em referência a procedimentos utilizados pela ciência para a datação de itens e a investigação de fatos antigos, conta com 50 policiais federais para o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão temporária e dois mandados de condução coercitiva em São Paulo e em Carapicuíba, Osasco e Santo André.

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