Uma paciente ficou presa no elevador da Casa de Saúde de Santos, no litoral de São Paulo, momentos após ter passado por uma cirurgia. Ela era transportada em uma maca dentro do elevador da instituição quando a energia do local acabou falhando e interrompeu o equipamento. Antes disso, a telefonista Regiane Rolemberg, de 43 anos, já havia esperado uma hora além do horário marcado para que sua operação de videolaparoscopia, procedimento cirúrgico para diagnosticar possíveis dores pélvicas, se iniciasse.
Inicialmente, a operação estava marcada para começar na última quarta-feira (2), às 7h30. Segundo o marido e acompanhante de Regiane, Carlos Eduardo Carrilho Ribeiro, de 46 anos, após chegar ao hospital, a paciente foi informada que a cirurgia havia sido adiada para às 9h30, pois, segundo a administração, não havia leitos disponíveis. A cirurgia foi realizada por volta das 8h30, no entanto, Regiane foi encaminhada para um quarto apenas às 15h, porque ele estaria sendo higienizado.
Ribeiro afirma também que houve duas quedas de energia no período em que ele e a esposa estiveram na unidade de saúde. Em um deles, que aconteceu após o procedimento de Regiane, o casal ficou cerca de uma hora preso em um dos elevadores do hospital.
Revoltado com a situação, Carlos fez um vídeo onde mostra sua esposa em uma maca, dentro do elevador, e resumiu a situação como: “Inexplicável, inaceitável e irresponsável”. “Incrivelmente, ninguém da administração do hospital veio me procurar, apenas um enfermeiro me abordou e perguntou se estava tudo bem com a minha esposa. De maneira alguma eu volto nesse hospital”, afirma Carlos.
Em nota, a Casa de Saúde afirma que a demora para liberação de uma vaga de internação aconteceu porque o hospital estava lotado e a paciente recebeu toda a atenção e cuidados médicos devidos e não houve negligência. Com relação as quedas de energia, o hospital confirma que o problema aconteceu, mas um gerador retomou o abastecimento de energia do local e, infelizmente, o elevador em que a paciente estava parou de funcionar. A Casa de Saúde lamentou o ocorrido e afirma que a segurança da paciente não foi colocada em risco e que não houve negligência no caso.