O Conselho Federal de Medicina (CFM) apresentou nessa segunda-feira (07.04), relatório que aponta diversas irregularidades no Pronto-Socorro de Várzea Grande. Conforme o documento apresentado pelo CFM foi constatado superlotação nos corredores do setor de emergência, com pacientes internados em macas (algumas macas possuíam cartazes com numeração e localização, indicando que a situação não era temporária).
Na sala de Ortopedia da unidade existiam problemas crônicos com esgoto, o que prejudica o atendimento. Em um dos blocos da unidade, havia infiltração no teto, com goteira pingando em cima dos pacientes.
O relatório citou que há falta de leito de UTI para adultos (sendo que as unidades possuem apenas 10 leitos que não atende toda a demanda dos pacientes que dão entrada no hospital), e também falta de equipamentos médicos, como estabilizadores para assistência respiratória.
Consta ainda no documento, a precariedade no atendimento aos pacientes. O Conselho relatou que um senhor de 74 anos (que não teve a identidade revelada) no dia da vistoria, revelou aos membros do CFM, que estava há três dias internado no corredor do Pronto-Socorro em uma cadeira reclinada.
O relatório apresentou ainda, alguns fatores da realidade do Pronto-Socorro que a sociedade várzea-grandense vem enfrentando há um logo tempo, como a falta de medicamentos e relatos de pessoas internadas no chão da unidade de saúde. Além disso, o documento traz dados preocupantes como os problemas na atenção básica do município (há 18 PSF’s, nenhum com boas condições de funcionamento e faltando médicos). Foi mencionado ainda, que a cobertura do PSF é de apenas 20% da população e que há quatro policlínicas no município sem atendimento 24 horas.
Sem citar nomes, o CFM citou que foi detectado ainda, que empresa de filhos de políticos de Mato Grosso presta serviços à Unidade de Saúde.
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