Embora o prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB), tenha conseguido parecer favorável do Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT), para barrar a quebra de sigilo bancário das empresas e pessoas citadas em processo eleitoral - por suposto uso de “caixa dois” durante a campanha eleitoral de 2012, as investigações continuam.
Além da quebra de sigilo bancário, o juiz determinou a realização de perícia técnica para a aferição do valor gasto com a produção de material audiovisual veiculado nos programas eleitorais, valor gasto com a produção/manutenção dos sítios de internet, bem como, a requisição de documentos a diversas empresas para que apresentassem notas e pedidos e serviços.
Conforme fontes do VG Notícias, ligadas ao executivo municipal, – o perito designado pela Justiça de Mato Grosso – detectou as irregularidades na prestação de contas do peemedebista - que podem configurar o uso de “caixa dois”.
Por conta das irregularidades detectadas pela perícia, fontes afirmam que o prefeito e as pessoas envolvidas no caso estão “perdendo o sono” – pois sabem que na Justiça Eleitoral os processos tramitam com maior celeridade do que na Justiça Comum. Ainda conforme fontes, em breve, as testemunhas serão ouvidas pela Justiça.
As investigações estão sendo feitas pelo juízo da 58ª Zona Eleitoral da comarca de Várzea Grande, e devem durar no máximo até julho deste ano, pois, o prazo para conclusão da ação é de um ano, e a denúncia foi aceita em julho de 2013.
Quebra de sigilo – Em decisão monocrática, o juiz da 58ª Zona Eleitoral da comarca de Várzea Grande, Otávio Vinícius Affi Peixoto, determinou a quebra de sigilo fiscal, referente todo ano de 2012, de Walace, de seu irmão Josias Guimarães, Evandro Gustavo Pontes e Silva (ex-diretor do Departamento de Água e Esgoto – DAE/VG) e do secretário de Planejamento e Finanças Mauro Sabatini, além das empresas: Intergraf e MS Celular.
No entanto, a maioria da Corte do TRE/MT, votou favorável ao pedido do prefeito para suspender a quebra de sigilo bancário das empresas e das pessoas citadas. Os membros argumentaram que a quebra de sigilo era prematura, porém, destacaram que caso seja necessária, lá na frente nada impede que seja novamente decretada.
A ação – Na Ação de investigação Judicial Eleitoral, o DEM acusa Walace e o vice-prefeito Wilton Coelho – popular Wiltinho (PR) de desvio e abuso de poder político e econômico, captação ilícita de sufrágio, prática de condutas vedadas durante a campanha eleitoral (2012) e ainda, alega que o prefeito teve as contas de campanha reprovadas pela 20ª Zona Eleitoral, e mesmo assim foi diplomado. No mérito, a sigla pede a cassação do mandato de Walace e do vice-prefeito.
Outro lado - A reportagem do VG Notícias falou com o advogado Ronimárcio Neves que defende Lucimar Campos, candidata derrotada nas eleições de 2012 - e ele não quis se pronunciar, alegando que o processo tramita em segredo de Justiça. Já o advogado do prefeito walace Guimarães, José do Patrocínio, não atendeu a ligação no número que a reportagem ligou e não retornou até o fechamento da matéria
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