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Nacional Sexta-feira, 10 de Abril de 2015, 15:52 - A | A

Sexta-feira, 10 de Abril de 2015, 15h:52 - A | A

Bombeiros apagam incêndio em Santos após 8 dias

Empresa responsável pelo complexo industrial foi embargada pela prefeitura

G1.com

O Corpo de Bombeiros conseguiu controlar totalmente, na tarde desta sexta-feira (10), o grande incêndio que atingiu seis tanques cheios de combustíveis em uma área industrial de Santos, no litoral de São Paulo. O fogo, que começou por volta das 10h do dia 2 de abril, demorou 192 horas para ser completamente extinto. As causas do incêndio ainda são desconhecidas.

O anúncio foi feito durante uma coletiva à imprensa na Prefeitura de Santos, pelo comandante do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, Marco Aurélio Alves Pinto. Segundo ele, o ambiente está seguro e não há mais riscos. Apenas será feito um monitoramento constante para o retorno das atividades na área. “Não há mais fogo no local, porém, ainda existem pequenos vazamentos. Até domingo, vamos continuar os trabalhos, com 140 bombeiros do Estado mais o apoio das empresas. Está sendo feito o monitoramento térmico de todos os tanques”, explica.

De acordo com informações dos bombeiros, o fogo começou em uma área sob responsabilidade da empresa Ultracargo. Cada um dos tanques atingidos tinha capacidade para guardar cerca de 6 milhões de litros de combustíveis, entre eles gasolina e etanol, o que dificultou o trabalho dos bombeiros por se tratarem de substâncias inflamáveis.

Apesar de não ter deixado feridos, o incêndio provocou grandes danos ambientais e econômicos. Durante os nove dias de combate, os bombeiros utilizaram mais de 8 bilhões de litros de água retirada do mar para resfriar os tanques. Parte da água, já contaminada, acabou sendo devolvida ao mar e provocou a morte de milhares de peixes.

Na parte econômica, uma decisão do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) causou revolta entre caminhoneiros. Para não prejudicar o tráfego de veículos na cidade, o chefe do Executivo decidiu, na segunda-feira (6), restringir a entrada de caminhões no Porto de Santos pela margem santista. Segundo o Sindisan, são R$ 2,5 milhões de prejuízo por cada dia parado.

Durante todos os dias do incêndio, dezenas de moradores de várias cidades da Baixada Santista relataram problemas respiratórios e procuraram atendimento médico. Uma imensa nuvem de fuligem cobriu a região e afetou a rotina dos moradores. Um morador de Santos, por exemplo, registrou imagens da piscina dele antes e depois do incêndio, completamente suja.

Combate

Os bombeiros encontraram dificuldades para combater o fogo desde o início, já que as temperaturas no local atingiram os 800°C. Com esse calor, a água jogada para apagar o fogo evaporava antes mesmo de atingir os tanques em chamas e, por isso, os jatos foram usados apenas para resfriar os tanques intactos enquanto os combustíveis queimavam.

Para conseguir controlar totalmente as chamas, os bombeiros precisaram utilizar mais de 8 bilhões de litros de água, além de algumas substâncias específicas como o 'cold fire', que é uma espécie de isolante térmico bastante esficaz que amplia a capacidade de penetração da água, extinguindo as chamas com mais rapidez e reduz a densidade da fumaça.

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