No próximo dia 31, o PSDB anunciará oficialmente quem deve apoiar para a presidência do Senado, cuja eleição acontece em 1º de fevereiro, com a abertura dos trabalhos legislativos do ano. Enquanto isso, o embate sobre quem deve se candidatar como oposição deixa o candidato favorito, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), numa posição confortável: sem adversários à altura.
Até agora, o único "do outro lado" que lançou seu nome na disputa foi Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Porém, o líder dos tucanos no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), declarou que o parlamentar não terá o apoio de seu partido. Randolfe já foi candidato a presidente do Senado em 2011, quando foi derrotado por José Sarney (PMDB-AP) por 70 votos a 8.
Conforme anunciado na última quarta-feira, a alternativa ideal, na avaliação do PSDB, seria Pedro Taques (PDT-MT), que possui características similares às do colega, mas é filiado a um partido de maior representatividade no Congresso Nacional, ou um dissidente do PMDB, que tem a maior bancada. No caso, Pedro Simon ou Jarbas Vasconcelos.
Randolfe critica Dias e Dirceu
O candidato do PSOL condena o que chama de "desqualificação", por parte do PSDB, dos opositores de Renan. "Ao contrário do que o PSDB pensa, eu pretendo unificar quem, de fato, se opõe a Renan". Em resposta, Alvaro Dias declarou que Randolfe nunca foi alternativa para o PSDB para concorrer à presidência do Senado neste ano. "Não há nenhuma dúvida em relação ao nosso posicionamento, que não é um posicionamento egoísta, individualista, egocêntrico. É um posicionamento que tem por objetivo contribuir para que a instituição seja mais respeitada", disse o tucano.
Randolfe afirmou também que, apesar de estarem em campos opostos, Alvaro Dias e o ex-ministro José Dirceu, do PT, fazem política de forma semelhante. Em texto publicado em seu blog, na última quarta, Dirceu criticou a candidatura do senador do PSOL, dizendo que ela tinha como "único objetivo desorganizar a base de apoio do governo e a maioria parlamentar construída no Senado". O parlamentar do Amapá afirmou que "ambos, PSDB e Dirceu, são cada vez mais parecidos na forma de atuar".
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