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Indignada, a moradora do Jardim Aeroporto, Helena de Campos gravou um vídeo nessa quinta-feira (19.0), acusando o secretário de Saúde de Várzea Grande, Diógenes Marcondes, de se beneficiar do cargo para “furar fila” no posto de saúde do Água Limpa, situado no bairro Ipase, no município. 

Segundo o relato da moradora, Diógenes chegou à unidade de saúde com o filho de colo nos braços, passou na frente de todos ao entrar na sala de vacinação, enquanto vários pais que chegaram cedo para vacinar os filhos aguardavam.

“Foram distribuídas 30 senhas no posto de saúde do Água Limpa como é realizado todos os dias de vacinação, mães que chegaram por volta das 12h para garantir a vacina dos filhos se sentiram discriminadas e desvalorizadas. A vacina começa a ser dada às 13 horas e o secretário da Saúde chegou depois de ter distribuído as senhas, entrou dentro do posto de saúde passou na frente de todos”, relatou a mãe ao oticias.

Segundo ela, o secretário deveria dar exemplo e cumprir com as regras da unidade: “Ele como secretário deveria dar o exemplo de cidadania e cumprir a ordem, porque se a distribuição é senha, é mais do que justo ele também pegar para vacinar o filho dele. Não é porque ele é o secretário da Saúde que o filho dele é melhor que os outros. Direitos iguais, afinal quem paga o salário dele é a sociedade que cumpre com os impostos”, reclamou a moradora.

A moradora filmou o momento em que o secretário sai da sala de vacinação com o filho. “Esse que sai com a criança no colo é o secretário de saúde de Várzea Grande. Uma mãe presente disse que não era para reclamar porque elas descontam nas crianças”, temia a mãe.

Os pais reclamaram ainda da quantidade de senhas distribuídas, 30 senhas por dia. Segundo a moradora, a unidade de saúde é um órgão público e precisa atender toda demanda, “não tem esse negocio de limitou senha e acabou”.

“Outro absurdo também é ter que soltar senha para vacinar, são três dias na semana e o atendimento começa só 13h, sendo que não tem só 30 crianças para tomar. Se uma mãe chega com 3 crianças são três senhas para uma mãe, se uma criança chega depois das 30 senhas ela tem que voltar outro dia, eu acho isso uma falta de respeito para com a criança, porque é direito da criança receber a vacina. As nossas autoridades tem que saber disso, e tomar providencias.”

Outro Lado – De acordo com o secretário de Comunicação de Várzea Grande, Marcos Lemes, o secretário não se beneficiou da prerrogativa de ser funcionário, apenas foi na unidade de saúde antes do início do atendimento por ter um horário especial. Ele afirmou que todos os pacientes que aguardavam a vacina foram atendidos.

“O que houve é que o secretário tem um horário especial, como a filha tem menos de um ano de idade foi antes de iniciar a vacinação, antes das 13h, vacinou e saiu, nada além disso. Todos os 30 que receberam a senha ontem foram vacinadas. Estão falando que ele abusou da prerrogativa de ser secretário, se ele fosse abusar ele teria vindo aqui na Secretaria vacinar por ser funcionário, ele foi no posto porque é um funcionário do SUS, porque não tem plano de saúde. O que ele fez?, nada. Ele foi antes de começar a vacinação, foi atendimento como todos que estavam lá que foram atendidos, a mulher grita que a servidora vai judiar da filha, ninguém faz isso. – Ah ficou gente sem vacinar, ai eu concordo pela crítica, mas não ficou ninguém sem vacinar”, afirmou.