Famílias que ocupam o Residencial Jequitibá, na região da Rodovia Mario Andreazza, em Várzea Grande, estão tentando “costurar um acordo” com o Banco do Brasil e a Aurora Construções Incorporações e Serviços Ltda para continuarem a residir nas moradias e evitar o despejo.
O secretário municipal de Habitação, José Roberto Amaral, disse ao oticias que na última segunda-feira (07.10) intermediou um encontro entre as famílias que ocupam o Residencial Jequitibá e representantes do Banco do Brasil no qual os moradores propuseram a mudança da Faixa de Renda do conjunto habitacional ligado ao programa Minha Casa, Minha Vida.
Conforme o gestor, a mudança seria o seguinte: o Residencial Jequitibá sairia da Faixa 1 do programa e passaria para a Faixa 1,5. Desta forma, o conjunto habitacional deixaria de estar inserido no programa vinculado ao Governo Federal o qual as Prefeituras atuam como parceiro no cadastramento dos beneficiários e sorteio.
A Faixa 1 são empreendimentos habitacionais destinados às famílias com renda mensal de até R$ 1.800,00 sendo que o Governo paga 90% do valor do imóvel e outros 10% podem ser pagos em até 120 prestações mensais (10 anos), que variam de R$ 80 a R$ 270, sem juros.
Já a Faixa 1,5 são casas destinada às famílias com renda de até R$ 2.600,00, com financiamento pelo banco em até 30 anos, com juros de 5% ao ano, com parcelas de R$ 390,00 acima.
Apesar disso, José Roberto explicou que o pedido das famílias foi remetido pelo Banco do Brasil ao Ministério do Desenvolvimento Regional, já que o programa é vinculado ao Governo Federal e qualquer mudança deve passar pelo aval da pasta.
“O empreendimento não é do banco. Então qualquer mudança depende do Ministério do Desenvolvimento Regional. Eles encaminharam o pedido das famílias para ser analisado. Agora é aguardar a reposta da consulta se pode fazer a mudança proposta”, relatou o secretário.
Ao oticias o engenheiro civil, Thiago Arruda, responsável pela Construtora Aurora, afirmou que caso o pedido das famílias seja aceito pelo Governo Federal, ele não vê problema em fechar negócio com os ocupantes para que eles passem a pagar parcelas mensais pelas moradias.
“Se a mudança ocorrer, não vejo problema sentar com as famílias e eles começarem a pagar pelos imóveis ocupados”, limitou-se a dizer Arruda.