A Polícia Civil concluiu, na quarta-feira (30.04), e divulgou na noite desse sábado (03.05), o inquérito que apurava um suposto confronto entre criminosos e policiais militares, ocorrido sete dias após o assassinato do advogado Renato Nery. A arma encontrada na ocasião foi identificada como a mesma utilizada no homicídio do advogado.
A investigação foi conduzida pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá e tramitou de forma paralela ao inquérito principal que apura o assassinato de Nery, ainda em andamento.
Falso confronto
De acordo com o inquérito, sete dias após a morte de Renato Nery, a Polícia Militar registrou uma ocorrência alegando confronto com dois suspeitos de roubo. Um dos homens foi morto, e o outro ficou ferido por disparo de arma de fogo.
Contudo, a apuração revelou que, ao contrário da versão apresentada pelos militares, os suspeitos não portavam armas de fogo no momento da abordagem. Exames periciais e demais provas apontaram que as armas apresentadas pelos policiais foram colocadas posteriormente na cena do crime, caracterizando fraude processual.
Silêncio e indiciamentos
Os policiais militares envolvidos foram ouvidos mais de uma vez, mas optaram por permanecer em silêncio quando questionados sobre a origem da arma de fogo utilizada no homicídio do advogado.
Com base nas provas reunidas, a DHPP indiciou os quatro militares pelos seguintes crimes, homicídio qualificado, homicídio tentado, porte ilegal de arma de fogo, e fraude processual.
Os quatro policiais seguem presos preventivamente, à disposição da Justiça. O inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público Estadual para possível oferecimento de denúncia.
Investigação principal continua
A DHPP informou que o inquérito policial que investiga o assassinato de Renato Nery ainda está em andamento.
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