VG Notícias
Fórum de Cuiabá
O Tribunal do Júri de Cuiabá absolveu nessa sexta (23.08), o ex-policial militar Antônio Bruno Ribeiro, acusado de matar um presidiário durante uma fuga em massa, no antigo Presídio do Carumbé, em dezembro de 1996. O júri foi presidido pela juíza Mônica Catarina Perri, da 1ª Vara Criminal, e seu cliente foi absolvido, segundo informou o advogado do ex-policial, Ricardo Monteiro, ao oticias.
O ex-policial foi acusado pelo Ministério Público Estadual, em 24 de fevereiro de 2004, após capturar vivo o fugitivo Cláudio Gonçalves Andrade, ter o matado e ocultado seu corpo em um matagal. Na época o fato ficou conhecido como “Caso Cláudio” e teve grande repercussão.
Segundo o MPE, na fuga em massa, 50 presos fugiram do presídio, e durante uma hora, policiais e detentos trocaram tiros, sendo que ao final da rebelião, a polícia contabilizou a fuga de 45 presos. Somente cinco foram recapturados no mesmo dia.
Ainda, conforme o MPE, a Polícia Militar apresentou uma lista com o nome dos fugitivos onde constava o nome de Cláudio. Porém, imagens divulgadas pela imprensa mostravam que ele havia sido capturado e levado ao Carumbé sem nenhuma lesão, o que contradizia versão da Polícia, de que ele teria sido levado ao Pronto-Socorro de Cuiabá e, durante o trajeto, teria destravado a porta do camburão e fugido.
A versão da Polícia foi desqualificada após perícia técnica apontar que a porta estava em perfeito estado e ainda, após a descoberta de dois cadáveres encontrados na estrada de Barão de Melgaço, com sinais de execução, e enterrados como indigentes, no Cemitério Público Municipal Campo Santo, no Parque Cuiabá. Posteriormente, mediante exumação dos corpos e o exame ‘post-mortem’ ficou confirmado que um dos corpos era de Cláudio.
Segundo o MPE, Antônio Bruno, ao executar Claudio, cumpriu ordens do então comandante, coronel Leovaldo Emanoel Sales da Silva.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).