A Polícia Civil de Primavera do Leste (a 231 km de Cuiabá) prendeu nessa quarta-feira (13.04) Gleison França do Rosário e Fábio Alves de Morais acusados de aplicar golpes em Mato Grosso, Bahia, Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Goiânia.
De acordo com a PJC, os suspeitos foram detidos em cumprimento de mandados de busca e apreensão, além de terem o bloqueio e quebra de sigilo bancário.
Segundo a polícia, os acusados ofereciam contratos de exploração de ouro ao preço médio de R$ 2 mil com a promessa de rendimento em poucos meses na ordem de R$ 1 milhão.
Com o sonho de se tornarem milionários, centenas de pessoas em Primavera do Leste teriam apostado nessa ideia. A polícia ainda não chegou ao quantitativo do número de vítimas em todo o Brasil.
Conforme as investigações, os contratos assinados pelas vítimas não constavam pagamentos de qualquer valor (nenhum recibo era dado a elas) apenas declarava que seriam beneficiadas em uma ação judicial em trâmite no Estado de Mato Grosso do Sul, envolvendo o "repatriamento" de valores do Governo Federal.
Caso fosse verdadeira essa versão, o valor a ser pago a todos os envolvidos no contrato chegaria a astronômicos R$ 3 trilhões, que apenas para fins comparativos, daria para pagar a dívida externa do País.
O delegado que conduz as investigações, Rafael Sippel Fossari, explica que a dupla será indiciada por formação de quadrilha, estelionato e uso indevido de selo ou sinal público.
A Polícia Civil informou que continuará com intimações para identificar e ouvir o maior número de vítimas da lista de “investidores”. “Um dos entraves nessa missão é que muitas dessas vítimas seguem acreditando que o dinheiro será pago a elas. Ainda não estão convencidas que caíram em um golpe. Entre 80 a 90% são fiéis evangélicos que confiavam em Gleison, um homem que se autointitula capelão da Igreja Batista Independente”, afirma o delegado.
Até o momento as investigações apontam que nenhum dos investidores recebeu os valores prometidos. Na delegacia, Fábio Alves de Morais declarou que revendia os contratos e repassava o dinheiro para Gleison. Por sua vez, Gleison permaneceu calado durante interrogatório e foi liberado, por não haver mandado de prisão expedido pelo Poder Judiciário. A conta bancária do suspeito foi bloqueada.Com informações da PJC/MT
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